quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Malandragens Comedidas Azuis

Essa é uma história que data de 2007, época em que eu estava no 2º aninho do ensino mérdio, portanto apenas uma criancinha inocente e pura, sem o conhecimento de termos como pipi, florzinha e asfixia erótica... Afora, peço apenas que perdoem eventuais erros da redação.

Suzana escovava os lisos cabelos loiros no banheiro de sua suíte quando de repente ouviu um barulho aterrorizante. Alguém invadira sua mansão. Desesperada, pegou uma bazuca de bolso que guardava numa das gavetas para eventuais emergências. Desceu a requintada escada de mármore apoiando-se em seu corrimão de ferro fundido, passou pelo piano de cauda de marfim com detalhes talhados a mão e apliques de ouro 937 kilates e chegou, por fim, à sua gloriosa cozinha de filme americano.

Pôde ver um vulto movendo-se na área de serviço, e quando acendeu a luz viu que se tratava de Ricardo. Fitou-o da cabeça aos pés, jogou sua bazuca para trás e, com um olhar sensual, despiu o homenzarrão com os dentes. Fizeram amor em cima da máquina de lavar.

Ricardo, vulgo Ricardão, media 1,90m e tinha as costas largas. Seus cabelos loiros eram lisos e despenteados, e convidavam Suzana a aventuras.

Após duas horas subiram ao quarto de Suzana onde dormiram abraçados até o horário de Ricardo ir trabalhar. O namorado saiu às 8:00h, quinze minutos antes da chegada de Jorge. Jorge era amante de Suzie. Um empresário muito rico e bem sucedido e pai de família. Imponente, o empresário entrou na mansão e foi direto ao quarto da ingênua dama.

Jorge, vulgo Jorjão, media 1,92m e tinha o queixo viril e latino. Seus cabelos castanhos eram espetados e convidavam Suzie a sutis malandragens. Fez o serviço todo em menos de vinte minutos e saiu sem se despedir direito.

Suzana foi até a porta da sala ver se avistava o amante, mas tudo que avistou foi Marcos, o jardineiro. Ao vê-lo sob aquele sol escaldante, sentiu pena e convidou-o para uma limonada.

Meio copo de limonada depois e estavam sobre a mesa italiana de pinho polido brincando discretamente.

Marcos, vulgo Marcão, era um homem mulato de braços fortes. Media 1,93m e seus beiços carnudos convidavam Suzana a brincadeiras discretas. Uma hora e três copos de limonada depois e o serviço de jardinagem estava concluído: todos os “arbustos” devidamente “aparados”.

Ligeiramente cansada, Suzie decidiu assistir aos jogos pan-americanos. Sentou-se em seu sofá de veludo suíço e ligou sua LG Time Machine de 50” de plasma. Em pouco tempo começou a perceber como aquela imagem nítida, em alta resolução e perfeita se tornava monótona depois de um tempo e calculou o estrago que meio copo de limonada (que sobrara) poderia fazer na fiação.

O estrago foi maior que o previsto e ao invés de turvar um pouco, a imagem toda ficou em chuviscos. Desapontada e molhada (de limonada), Suzie teve que chamar o técnico da TV a cabo.

Eficientemente chegou Carlos, o homem da TV a cabo. Com todo o profissionalismo do mundo, diagnosticou que para evitar possíveis curtos deveriam fazer um fio-terra. A idéia “agitou” Suzana. Tamanha agitação só se acalmou com certa atividade antiética sobre a mesa-de-centro da sala.

Carlos, vulgo Carlão, media 1,95m e tinha um olhar penetrante. Apesar da aparência jovial e esportiva, carregava 20 anos em cada perna e mais uns 10 distribuídos por outras partes do corpo.

A atividade antiética foi gentil e delicada, traços de muita experiência e pouca vitalidade; durou aproximadamente meia-hora, mas valeu cada segundo.

Depois de uma manhã tão agitada Suzie não conseguia pensar em outra coisa senão numa boa comida, digo, numa boa refeição. Foi até a cozinha fritar um ovo, mas para seu azar o gás havia acabado. Pediu por um botijão no seu Motorola V3 Rosa e, em meia-hora, chegou Paulo, o entregador da Ultragás.

Paulo, vulgo Paulão, media 1,57m e, de tanto carregar botijões tinha a coluna torta. Homem de inúmeras qualidades, Paulão era manco de um perna, vesgo e tinha a língua presa, o que ocasionava projéteis de baba durante suas falas.

O apelido Paulão se dava devido a um dote de família, presente em todos os representantes masculinos de sua linhagem. Seu charme corcunda convidava Suzie a passatempos adultos.

Após “trocar o botijão” de Suzie, Paulão foi embora sem olhar para trás. Durante a despedida, algumas lágrimas brotaram dos olhos de Suzie, que temia nunca mais encontrar o singelo e humilde entregador de gás que roubara seu coração.

Suzana agora podia “fritar seu ovo”, exceto por um pequeno detalhe do qual havia se esquecido: não sabia fritar ovos.

A ingênua dama ia ter que pedir uma pizza...

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