sábado, 29 de agosto de 2009

A 'Sena' de Xuxa

Sabendo que esse blog tem por sua alma um espaço critico das situações banais, resolve escrever sobre duas notícias que me chamaram atenção enquanto eu lia "Istoé'' e tomava sol...

A primeira notícia, sobre Xuxa, "Shasha" e o Twitter.
A menina tem entre 10 e 11 anos, o que pelas minhas contas a coloca na 5ª série, 6º ano...
Em seu Twitter, a menina escreveu 'sena' em vez de cena.
Ok, altamente perdoavel para uma criança, ainda mais pelas coisas bizarras que certas pessoas falam e escrevem.
Recebeu criticas, algumas provavelmente exageradas.
Até ai morreu neves, e a vida seguiria se a sra sua mãe, xuxa, não ficasse toda ofendidinha.

A função das mães é ensinar os filhos e corrigi-los quando comentem erros, além de protege-los.
Concordo, mas isso não é motivo para a seguinte pérola:


Impressão minha ou a xuxa é uma pessoa pública?!
Outra impressão minha, o quem quer privacidade não tem nem orkut, nem twitter, nem qualquer coisa do gênero?
Quem não merece um piti desses são seus fãs. Aqueles que são leitores do seu twitter, que ficam comprando os dvds, vão a shows, dão audiência ao programa.
E mais, se a menina foi alfabetizada em inglês, deveria ter escrito 'scena', ainda mais porque conhecer outra lingua não excusa ninguém de saber a lingua patria.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

posts

ninguém mais posta nada nesse blog?

oq tah acontecendo por aki?

bjos

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Relações Interpessoais - Parte I

As vezes é muito comum ouvir reclamações de infelicidade nas relações, com amigos, com namorados, com a família...
O problema é que muitas vezes a origem de tudo isso está na terrivel necessidade que todos temos de querer - mesmo que essa não seja a verdadeira intenção - de agradar aos outros pra evitar conflitos. Só que nessa mania de tentar sair pela tangente, quem acaba sofrendo a indigestão é quem engoliu o sapo.

Recentemente foi divulgado um video de um casamento nos Estados Unidos, onde noivos e padrinhos entraram na Igreja ao som da música Forever, de Chris Brown.

http://www.youtube.com/watch?v=dvNFCpa5n3k

Eu fiquei encantada.
Minha avó ficou chocada.
Meus tios acharam estranho.
A Glória Kalil disse que tais músicas deveriam ficar para um ambiente mais informal.

Ok, certas solenidades exigem algo mais rigido e formal, senão vira tudo uma grande palhaçada, muito parecida com aquela observada repetidamente na casa dos "nossos representantes e grandes legisladores da República".

Mas em outras, pra que ouvir a Glória Kalil e tantos outros arduos defensores daquelas tradições tão ultrapassadas quanto inúteis?!

Ainda com o exemplo do casamento, quantas coisas interessantes e muito mais significativas para o casal deixaram de ser feitas porque a avó da noiva ia ter um treco se o vestido dela fosse diferente do que ela sempre sonhou, ou porque aquela tia que só aparece em festas ia falar mal depois.
[[Claro, sem exageiros de querer entrar com um funk proibidão... deixe esse para a festa!]]
Afinal, quem está casando? O casal ou a avó e a tia?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Apologia às vadias

Esta crônica é dedicada aos conservadores

Em festas, baladas, "churras" (...) são frequentemente vistas com "maus-olhos" pessoas de comportamento liberal. Se os meninos pegam várias, são "galinhas". Se as meninas dão para todos, são "vadias".

Estas analogias, no entanto, entre tais meninas com prostitutas e esses meninos com indivíduos da espécie Gallus gallus é incoerente. São meras convenções pejorativas, bem como o é o veredicto para o qual convergem os julgamentos supracitados.

Os ataques são muito comuns, porém são inexplicáveis. Pergunto se, por acaso, as ditas vadias têm, efetivamente, mal-carater; se foram elas as responsáveis pelos grandes genocídeos da humanidade; ou ainda se são elas que incluem os mordomos/afilhados nas despesas publicas. A contramão também é válida: Questiono se aqueles que têm opiniões pré-estabelecidas procuram, antes de "olhar torto", saber se a dita "piriguete" não zela pela proteção da natureza, ou então, se um suposto "cachorro" não está envolvido com causas sociais.

Os dois últimos são, por razões evidentes, considerado politicamente corretos. Comportamento promíscuo, entretanto, é considerado o oposto, mas sem motivos aparentes. Na verdade, sequer existe razão ou bom senso por trás das justificativas dadas, o que apenas comprova tratarem-se de conceitos pré-determinados.

Emobra não concorde, ainda assim procuro entender o lado de quem condena. Gostaria de levantar a hipótese de que têm inveja ou querem transmitir a imagem de superioridade, porém não acredito nem um pouco nisso. Creio, aqui, que haja algum tipo de tradicionalismo passado de pais para filhos, de avós para netos, em uma fase tão prematura da vida que a criança sequer processa a informação, apenas a toma como sendo indiscutivelmente certa.

Conceitos de certo e errado são, talvez, o que há de mais forte na psiquê humana, por isso não é comum o hábito de contestá-los. Um exemplo disso são os longos e árduos séculos - eu disse séculos! - que a humanidade perdeu numa alienação patética antes da Renascença. Mais de um milênio de dogmas ridículos e costumes absurdos.

Não nego que também tenhamos dogmas absurdos - o próprio caso da discriminção dos libertinos -, mas na sociedade ocidental contemporânea, particularmente, é possível compartilhar uma opinião sem ser lançado na fogueira (Ou, pelo menos, ocorre em menor quantidade).

Condenam uma garota por ter beijado 23 numa noite do mesmo modo que condenam assassinos, contrabandistas e corruptos. Alegam que "é um exagero" ou "ela só faz isso para aparecer", como se tivessem autoridade para discutir opiniões sobre a vida alheia. Apenas rotulam como "imoral" e "inapropriado" tal comportamento, que sequer lhes diz respeito. Nunca se questionam sobre a existência de um fundamento por trás desses verdadeiros "conceitos-pré".

Dizem-se puritanos e condenam empenhadamente aos racistas, homofóbicos, anti-semitas. Ingênuos, não conseguem perceber que também estão saturados de preconceito.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O que aprendi com Raul.


Se você gosta de Raul, não leve para o lado pessoal...

O que aprendi com Raul Seixas?
A primeira resposta é nada. A segunda, após pensar um pouco, não aprendi nada de concreto.
Serei sincera, a imagem de Raul Seixas nunca me interessou, apenas umas músicas ou outras, aquelas mais famosinhas, que as vezes passam na tv... e acho super piegas quando gritam "toca raul" em qualquer show que seja.
Também confesso que só tive inspiração para esse post sobre ele pelo lançamento postumo de sua música e pela proximidade com o vigésimo aniversário de sua morte, e que só ontem a noite me dei conta que ele tenha participado 'tanto' da minha vida sem eu me dar conta, enquanto assistia uma reportagem na tv.

A influência familiar para essa imagem não tão boa sobre ele pesou muito, pois venho de uma família certinha e se meus avós não achavam Roberto Carlos uma boa influência para os filhos, imaginem então aquele cara com cara de doido que cantava sobre liberdade, sobre drogas e tantas outras coisas 'politicamente incorretas'.

Meu primeiro contato com Raul ocorreu antes de completar 10 anos, em um adesivo colocado cuidadosamente por um tio na tampa do porta-malas de seu corsa verde, escrito 'Viva a sociedade alternativa", e fiquei em um estado que misturava choque e dúvida, simplesmente por não saber ao certo o que aquilo queria dizer. Quando somos crianças, qualquer coisa fora do nosso mundinho cotidiano pode ser incrivelmente absurdo e incoerente.

Hoje eu sei que essa tal sociedade, nada mais era do que a busca de um caminho alternativo, originado das idéias "loucas'' de Raul e Paulo Coelho. Mas talvez esse tenha sido o começo de uma revolução interna dentro de minha mente. Eu nunca busquei alcançar esse caminho, e acho que nunca me interessarei em um buscar, mas encontrei outra busca, uma interna, por respostas.
Da minha mente e personalidade inquietas e curiosas, surgiu uma busca que até hoje não teve fim, por novos opiniões e concepções religiosas e de estilo de vida, não necessariamente para vive-los, mas para conhece-los e respeita-los. [[Tomo por principio básico que quanto mais se conhece sobre algo, mas fácil é respeitar aqueles que seguem ou crêem, ainda mais quando se diz respeito a fé e ideais.]]
Demorei para ter acesso a muitas informações, e mesmo quando as tinha em mãos, ainda era algo que ia contra o que eu aprendera, mas as poucos fui convivendo com isso, escutando e lendo cada vez mais coisas diferentes, e compreendendo, que o mundo é um pouco maior do que a casa e a família, e até mesmo o que não nos agrada pode ser útil para nossa formação.

Por fim, concluo três coisas: continuo não gostando da pessoa Raul Seixas - apesar de admitir que sim, ele foi importante no que sou hoje - , Paulo Coelho pra mim é como aquelas comidas esquisitas que vivem sob a imagem do "nunca provei, mas não gostei". Quanto as músicas, adquiri um gosto particular, eclético e quase excêntrico de ouvir o quase tudo, apreciando não apenas o cantor ou a letra, mas a melodia, as batidas, e tudo mais que um canção pode oferecer, procurando o que aquela música pode me dizer.

A música póstuma dele me 'disse' algo, e não é que faz sentido?

*Gospel - Raul Seixas

"Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever?

Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar?"

domingo, 16 de agosto de 2009

MONOPÓLIO


A mídia exerce um papel fundamental na formação cultural de um povo. Hoje, cerca de 90% das residências brasileiras têm, no mínimo, um aparelho de televisão, e a internet é outro meio promissor de nos trazer informações sobre o que acontece no Brasil e no mundo, sem deixar de citar, claro, jornais e revistas. Eis um “pequeno” infortúnio: quem decide o que vai para as “telinhas”? Quem é que detém o poder de filtrar toda a informação que chega ao público?
O processo se desenvolve em várias etapas, partindo da formulação dos principais jornais do país e do mundo, os quais já selecionam os temas e geram os conteúdos e suas próprias interpretações dele. A partir daí, a televisão, por exemplo, seleciona e “corta” ainda mais a notícia, de acordo com o tempo disposto para divulgá-la em rede nacional. Com a tecnologia atual, um determinado fato que acaba de acontecer, por exemplo, em Camboja, chega ao conhecimento do público minutos, segundos depois através da internet. É dever dos profissionais da área de jornalismo obter as informações e transmiti-las, na íntegra, ao público. E se, porém, determinado meio de comunicação decide não transmitir essa notícia? Se julgarem que tal fato não é tão importante? Afinal, pra que estarei eu interessado no que acontece em Camboja? Concordo que um telejornal, por exemplo, dispõe de um rígido horário que deva ser seguido e, por isso, muitas notícias acabem não sendo transmitidas. A questão é: quantos telejornais estão, atualmente, em exibição na televisão brasileira? Por que todos eles noticiam sempre as mesmas notícias? É preciso saber o que assistir e onde fazê-lo. Infelizmente, assistir somente ao “Jornal Nacional” não é suficiente. Por que será que a Rede Globo controla 32 canais de televisão e mais outros 20 de rádio? É pura questão de interesses. É por fatores como estes que assistimos, tão indignados, à influência da família Sarney no Maranhão, ou de Fernando Collor, em Alagoas. Acredito que sim, essas pessoas compram as emissoras, não só a Globo, para que estas transmitam apenas o que é de seu interesse ou que, como é o que mais ocorre, chegue ao telespectador apenas “pedaços” da notícia, frisando, é claro, apenas o que lhes convém.
Recentemente, a Petrobrás decidiu postar num blog informações sobre a estatal. Até aí tudo bem. O “bafafá” surgiu quando, após ser entrevistado por e-mail, o responsável por publicar tais notícias decidiu divulgar a entrevista concedida na internet. Eis o caos: segundo a mídia, uma falta de respeito ao trabalho dos jornalistas que tão sofrivelmente – coitados! - lutam por um fato exclusivo e inédito a publicar. Que eu saiba, as informações eram da Petrobrás, e cabe apenas a ela decidir como transmitir ao público o que quer que seja, contanto que chegue ao conhecimento de todos! Assim como praticamente tudo, a mídia também virou uma forma de comércio, é essa a verdade. O capitalismo dita as regras.
A maioria da população brasileira não tem acesso adequado à informação. Muitas vezes tem-se em casa apenas um televisor e, por malditas questões culturais, as pessoas nem ao menos se importam em saber o que se passa no Brasil e no mundo. Da minoria que, ao contrário, se interessa pela informação, outra grande parte não sabe como fazer para obtê-la de maneira sensata, ou mesmo não tem acesso a um bom noticiário. Por que será que existem contrastantes diferenças entre a TV aberta e a por assinatura? Essa é mais uma prova do muito que ainda se deve melhorar. Assistir a apenas um noticiário não é suficiente. Cada um disponibiliza a notícia de uma forma diferente. Assistindo ao Jornal Nacional ontem (não tem jeito, é o de maior audiência e também o único assistido pelos meus pais aqui em casa, infelizmente), percebi um belo joguinho contra a “oposição”, literalmente. Aproveitando-se do fato de – finalmente – estar vindo à tona toda a corrupção da Igreja Universal, a reportagem da Rede Globo fez questão de citar em praticamente todo o tempo o fato de a Rede Record ser a mais beneficiada, depois da própria igreja, com o dinheiro dos dízimos dos fiéis. Concordo, isso há de ser punido, mas tenho certeza absoluta de que a Rede Record é apenas mais uma beneficiada de muitas e muitas outras. A notícia até citou no início os vários esquemas de corrupção, mas depois praticamente apenas ouviu-se falar da Rede Record. Ainda fizeram questão de divulgar o Ibope desta na madrugada, em torno de 1,5 pontos, se não me falha a memória e, claro, os pontos da Globo, na casa dos 6, creio eu, no mesmo horário. Pelo amor de Deus, onde isso vai parar? O público não quer ver uma emissora atacando a outra, pelo menos não a minoria interessada na informação. É engraçado pensar que, nos últimos tempos, é a Rede Record a que mais ameaça a Globo em termos de concorrência...
As pessoas devem achar alternativas. A internet é um bom começo, já que numa simples busca diversos sites noticiam determinado fato com diferentes perspectivas. O problema é que apenas 10% da população tem acesso a ela. Com revistas se deve ter muito cuidado; nunca é bom ler apenas uma revista ou um jornal, assiduamente, pois a maioria não se preocupa apenas com a notícia. É a forma que certos jornalistas encontraram de ganhar dinheiro, vai entender. Existem, sim, boas revistas e bons jornais, cabe ao leitor saber procurar. Há muito em que se refletir ainda. A mídia é fundamental na formação cultural de um povo, e se as coisas continuarem desta forma no nosso país, continuaremos tendo os mais diversos problemas, e Sarney, Collor e tantos outros continuarão impunes. Notícia em primeiro lugar, não interessa como ela chega a nós.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

SOBRE PESSOAS QUE FAZEM DA VIDA UM PLACAR...

Não é dificil perceber que as pessoas estão ficando paranóicas com seus rankings e records particulares.
Por mais que digam seguir um estilo moderninho de vida, irem a mil baladas, micaretas, 'churras' na casa de fulano, e beijarem vários e beberem até o fígado quase ficar completamente devastado - e contarem vantagem de tudo isso - sempre reclamam que falta algo, e mais ainda, não conseguem entender como pessoas que não fazem nada disso, ou pelo menos não com tanta frequencia, consigam viver.

Infelizmente, para essas pessoas, não é assistindo a um bom filme ao lado de pessoas que você gosta ou uma tarde em família que você será feliz. Pelo contrário, se você não fizer de sua vida um placar pra competir com seus amigos, de quantos beijo você deu, com quantos dormiu, você estará fadado a uma vidinha parada e sem graça.

Definitivamente, discordo.
Para essas pessoas, fundamentalistas da vida a mil por hora, sem pensar no amanhã, eu afirmo: exite vida além disso.
Aproveitar a vida sim, mas que tal fazer isso realmente aproveitando?
Daqui dez ano sua vida não será mais balada.
E ai, vai contar o que pro seus netos? Que foi 50 vezes na Pacha, beijou 200, comprou um super celular... e só?!
Nunca viu o sol nascer porque estava dormindo depois do tanto que bebeu, nunca viu o sol se por porque estava ocupado bebendo, nunca leu livros porque estava ocupado na balada, bebendo... não aproveitou os bons momentos com sua família, porque, vejamos, é, estava bebendo/na balada/com seus brothers... pelo jeito você contará tudo isso para os seus netos antes do seu transplante de fígado, que você jura de pés juntos ser total flex.

Enquanto o fígado esta bom e nem os filhos e netos aparecem na história da vida, essa pessoas choram, ligam para suas amadas em plena madrugada, ficam 'depres', juram mudar de vida após o ultimo porre, filosofam, e choram mais.
Dizem que falta algo.
Incrivel, elas finalmente estão certas.

Faltam relações de verdade, falta calor humano, falta em quem confiar, falta quem amar.
Porque quando coisas que deveriam ser especiais se tornam meros números, fica mais dificil encontrar um sentido pra acordar de manhã e sair da cama, começam a faltar motivos reais pra se sentir feliz e ai só mesmo as doses cavalares de álcool pra animar o individuo.

Não serei hipócrita de dizer que uma dose de vinho, ou uma cervejinha depois de uma semana que parecia interminavel não sejam boas, mas quando bem acompanhados, com bons amigos ou aquela pessoa especial em volta para rir, para falar, para cantar...
E falando em cantar, tem um canção que diz "Se você não aproveita, a vida passa e tchau/ leva a vida o mais simples /porque a morte é sempre ingrata/se acabar ficando quites, é a vida que te mata".
Você é o que você leu, o que cantou, com quem andou, onde passou, os erros que te fizeram melhorar, os acertos que te fizeram felizes, os filmes que você assistiu num sábado a noite sozinho em casa, e até mesmo a balada que você foi.
O que te faz ser especial não é quanto você tem, mas o que e quem você conquistou.
Se queres beijar mil bocas, beije-as mas pelo sabor e calor que lhe darão...'

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Na foto, a equipe médica eslovena que cuidou de mim enquanto estive enfermo nos Bálcãs:

domingo, 9 de agosto de 2009

Apenas coincidências, espero


Domingo, 9 de agosto de 2009... Dia dos Pais (parabéns pra eles!).
Após um delicioso almoço na casa da vovó, peguei uma revista para ler. Foi graças a esta leitura que me veio a inspiração para o meu primeiro post decente neste blog. (FINALMENTE!)
A leitura, não posso deixar de citar, é da Veja desta semana, datada do dia 12. Não sou uma leitora assídua desta revista, apesar de minha família assiná-la, justamente pelo fato de que a acho um tanto quanto... “imparcial”. Isso, porém, não vem ao caso; as reportagens que li são bastante interessantes e eu recomendo, inclusive, a leitura destas quando a revista chegar às bancas. Trata-se de uma série de reportagens sobre a internet, “o assunto do momento” há uns bons aninhos...
Creio que seja do conhecimento de todos que a tecnologia está avançando de forma exponencial, e que é cada vez maior o número de pessoas que dela fazem o devido - ou não - uso. O que me surpreendeu foram as perspectivas para o futuro, futuro este não muito distante. Eu diria que até bem próximo demais. O primeiro texto que me chamou a atenção trata sobre “nuvem”. Exatamente, nuvem. A primeira vez que vi o termo me senti um tanto quanto inútil por ver o termo empregado num texto que fala sobre a internet e não saber seu significado, já que me não me considero de todo leiga no assunto; foi uma novidade.
Nuvem é o termo empregado para uma situação que está se tornando cada vez mais comum no cotidiano: dados são armazenados não só num único computador, pessoal e intransferível, mas num data center, que pode estar localizado em qualquer parte do mundo. O simples fato de armazenar documentos no Google Docs já faz de você um usuário das nuvens. Informações pessoais podem ser acessadas não só do seu computador, com seus documentos salvos e que, supostamente, só você pode ter acesso: basta salvá-los na rede que, de outro lugar, tais documentos podem ser facilmente acessados. Digamos que seja uma outra forma de “portabilidade”. Desta forma, em pouco tempo computadores com memória elevada e bom espaço para armazenamento de dados serão, não digo desnecessários, mas não mais imprescindíveis no nosso cotidiano. Agora me diga, por que tudo isso? Ora, se os indesejáveis hackers já conseguem ter acesso a tudo que uma pessoa faz no próprio computador, imagina o que será feito se as pessoas começarem a armazenar tudo em locais compartilhados por outros!
Descobri também que as perspectivas pro futuro são de que tudo, literalmente TUDO, terá chips e acesso à internet. Até o cano de uma casa poderá fornecer, por exemplo, o consumo de água e se está havendo ou não algum tipo de desperdício. Existem até projetos de chiparem embalagens recicláveis de determinados produtos para que seus respectivos donos, se as derem um fim “ecologicamente correto”, recebam bonificações por exercer um bom papel na sociedade. Ora, isso não devia ser monitorado! Deveria ser obrigação de cada um respeitar o meio ambiente e exercer um papel que condiz com uma conduta correta, aprendida em casa através dos pais como um princípio básico de educação. Quanto ao fato de monitorar a eletricidade e o consumo de energia elétrica de uma empresa ou residência através de chips... ok, eu até entendo que possa ser vantajoso. Mesmo assim, eu custo a me render à total dependência das máquinas. Caso as pessoas não tenham reparado, máquinas têm certos defeitos, “pifam” ou passam a deixar de funcionar devido a um uso constante... a única “máquina” que, a meu ver, é perfeita é o corpo humano. Nunca vi inventarem nenhum equipamento de batesse com regularidade, sem parar, desde que o indivíduo nasce até morrer, como faz um coração. Aaah, by the way, eles também serão monitorados pra facilitar aos médicos diagnosticarem o porquê certo paciente morreu! Por exemplo, se estava correndo ou em repouso na hora de sua morte, se sua dieta era saudável ou o consumo de calorias era excessivo durante toda sua vida... Não sou também uma rebelde sem causa contra a tecnologia; consigo enxergar um bom uso e bons resultados proporcionados por ela. Eu apenas continuo colocando-me contra ao excesso. Certas coisas poderiam ser simples, assim como Deus as criou. Se uma pessoa morre... bom, chegou a hora dela. É dever do médico tentar salvar sua vida e fazer tudo que estiver ao seu alcance para tal. Agora de que adianta saber exata e detalhadamente todo o histórico de um paciente depois que ele está morto? Certas coisas não precisam ser sabidas (acho que esta palavra não soou bem, nem sei se está correta, mas enfim...). Para isso existem autópsias e médicos legistas. Se isso realmente acontecer, estes profissionais perderão sua função e, conseqüentemente, seus empregos. Caso não se lembrem, não será a primeira vez que alguém perderá seu emprego devido à mecanização ou tecnologia. Talvez tudo o que eu tenha lido seja um exagero. Aliás, é bem provável que seja...
Apesar disso, toda essa situação me faz lembrar o que está escrito na bíblia. Também não sou nenhuma estudiosa nata deste livro. Aliás, sinceramente não entendo quase nada sobre o assunto. Perdoem-me se eu cometer algum erro. Apenas, como muitos, já ouvi histórias sobre o fim dos tempos que, se não me engano, estão descritas em “Apocalipse”. Citarei aqui apenas coisas que ouvi dizer como, por exemplo, o fato de que a tecnologia terá tomado conta de tudo e até as pessoas terão “códigos de barras”. Pelo que eu escrevi aqui, acho que isso soa meio “familiar” demais. Minha bisavó dizia que chegaria o momento em que as pessoas iriam querer muito comprar algo e não conseguiriam, não pela falta do dinheiro, mas pela indisponibilidade do produto. Fazendo um pequeno parêntesis, é a meu ver mais ou menos o que está acontecendo com os remédios para os sintomas da gripe suína (os mesmos utilizados para a gripe comum) que, após serem retirados de circulação, estão disponíveis apenas em postos de saúde, e quando estão*. Os “remédios” hoje comprados nas farmácias são completamente ineficazes e podem, inclusive, piorar a situação do paciente. Não quero ser sensacionalista, aliás, ODEIO SENSACIONALISMO. Apenas achei muita coincidência que certas coisas estejam tomando certos rumos. Gosto de tecnologia, não vou negar, porém sou, acima de tudo, adepta à simplicidade e defendo a idéia de que tudo em excesso é maléfico.

*não li sobre isso, são informações passadas pelo meu médico :)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Passar em medicina - comofas?/

Juramento de Hipócrates: "(...) Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar danos ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. (...)"



A cada dia que passa minha dúvida aumenta a respeito de algo completamente paradoxal: é tão difícil e concorrido passar em um vestibular de medicina - tanto pra ensino público como particular - e cada vez mais nos deparamos com uma imensa quantidade de incapacitados trabalhando nessa profissão tão admirada, pessoas completamente sem senso humanitário e sem um mínimo de capacidade intelectual pra exercer tal ofício - cuidar da vida e da saúde da população.
Será possível que esses "doutores" já foram, em um passado não muito distante, estudantes esforçados e desesperados se auto-mutilando em cursinhos em busca de uma boa faculdade ou do simples fato de se tornarem médicos visando melhorar o bem-estar das pessoas?

Parece que não.

Vide as peripécias realizadas por alguns açougueiros (vulgo doutores):


"Jésica Santillán, de 17 anos, recebeu o coração e os pulmões de um doador incompatível. Os médicos Centro Médico da Universidade de Duke parecem não ter feito a verificação de compatibilidade antes da cirurgia. Depois de um segundo transplante para corrigir o erro ela sofreu danos neurológicos e outras complicações que adiantaram o seu falecimento.
Jésica tinha sangue tipo ‘O’ e recebeu os órgãos de um doador tipo ‘A’."


"Benjamin Houghton, um veterano da Força Aérea dos EUA de 47 anos agendou uma cirurgia para remover seu testículo esquerdo por temores de câncer. Mas uma série de erros levou à remoção do seu testículo direito."


"Donald Church, de 49 anos, tinha um tumor no seu abdômen quando chegou no Centro Médico da Universidade de Washington, em junho de 2000. Quando ele recebeu alta o tumor havia sido removido, mas um afastador de metal de 33 centímetros de comprimento permaneceu no seu abdômen por engano."





"Joan Morris (pseudônimo) de 67 anos foi admitida para realizar uma angiografia no cérebro. No dia seguinte ela recebeu, por engano, uma cirurgia cardíaca invasiva para um estudo de eletrofisiologia. Depois da angiografia ela foi transferida para o andar errado, e ao invés de retornar para seu leito original e receber alta no dia seguinte ela acabou sofrendo uma cirurgia cardíaca que a colocou em riscos de hemorragia, infecção, ataque cardíaco e derrames. Durante a cirurgia o médico recebeu um telefonema de um colega perguntando “o que você está fazendo com a minha paciente?”. Neste momento foi constatado o enorme erro e a paciente voltou para seu leito em condição estável, depois do estudo ser suspenso."


"Não é nada agradável ter que sofrer a terrível perda de uma de suas pernas por amputação, mas ainda é muito pior quando levam a sua perna boa. Este caso ocorreu quando Willie King precisou amputar uma de suas pernas em 1995, na Flórida, nos EUA. Uma cadeia de erros levou a perna errada a ser preparada para cirurgia e os cirurgiões perceberam o terrível engano no meio do procedimento, quando já era tarde demais.
Como resultado a licença médica do cirurgião foi suspensa por seis meses e ele foi multado em U$ 10 mil. O University Community Hospital de Tampa, onde a cirurgia ocorreu, pagou U$ 900 mil para Willie e o próprio cirurgião pagou mais U$ 250 mil.
Quando você cobraria por uma de suas pernas?"



Agora reflitam. Se em hospitais bem conceituados ocorrem esse tipo de coisa, imaginem em lugares como o Nardini? (não sabe o que é? joga no google)
Creio eu que a dignidade nesses lugares tirou férias e não quer voltar. Mas não tem problema, afinal, pobre não é gente então não precisa dessa coisa de dignidade...







Para complementar os seus conhecimentos...


O Decreto Lei 20931/32, art. 11: "Os médicos, (...) que cometerem falta grave ou erro de ofício, poderão ser suspensos do exercício de sua profissão pelo prazo de 6 meses a 2 anos e, se exercerem função pública, serão demitidos dos respectivos cargos".

Código Civil, art. 159: "Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito ou causar prejuízo a outrem fica obrigado a reparar o dano. Art. 1545: "Os médicos (...) são obrigados a satisfazer o dano (...)".


Vemos, portanto, a justiça brasileira muito bem cumprida.


E o Juramento de Hipócrates - o pai da medicina - se tornando hipócrita...

Sobre Porcos


Na foto, William Randolph Hearst

Mas talvez vocês se perguntem o que este parcial-ídolo meu tem a ver com porcos. Vale gastar algumas linhas explicando, antes, quem ele é e o que ele fez.

Bill H. foi um magnata da comunicação nos EUA, nascido em 1863 e “falecido” em 1951. Era o dono de uma empresa, a Hearst Corporation, que chegou a possuir muitos jornais, muitas revistas, muitas cadeias de radio e uma produtora de cinema. Ou seja, era um dos homens mais influentes e poderosos de seu país na época.

Feitos notáveis de Bill H. abrangem o pioneirismo na dita “mídia marrom”, a difamação e proibição da Mary Jane por motivos de o cânhamo ser mais barato que sua madeira na produção de papel, e a construção de um castelo – seu sonho – na California. Um currículo invejável!

É possível afirmar que foi sobre a vida de Bill o filme Cidadão Kane (1941, se não me falha a memória), embora o diretor Orson Welles negasse esportivamente.

Pois bem, pai da imprensa marrom, toca nos assuntos que realmente interessam. Estamos vivendo a “ditadura dos porquinhos”. Aterrorizados por causa da suposta pandemia de gripe, deixamos de sair de casa, mudamos nossos hábitos, etecétera. Porém, quem já se aprofundou nas raízes e – principalmente – na veracidade dos fatos?

Nesta parte da história entra um novo personagem, o sr. Donald Rumsfield, que presidiu a empresa farmacêutica Gilead Sciences de 1988 até 2001, quando saiu para ser ministro da defesa do governo de Bush. Então, firmaram-se acordos entre a empresa estadunidense e a suíça Roche. Verbas foram destinadas para a produção massiva de medicamentos contra a gripe, na época em que ainda se falava em gripe aviária.



Ora, se a gripe aviária bateu asas e voou, quanto falta para a gripe suína virar pernil de natal?

Mas claro, a melhor alternativa provavelmente é esperar velhas raposas ganharem alguns trocados com a venda de antigripais para alguns cidadãos desinformados. Por que não? Talvez elas também sonhem em construir um castelo...

sábado, 1 de agosto de 2009

Sobre Câmeras (season finale)

Os barato todo lá, e lê os baguio lá. Boa leitura:

Logo em seguida, no entanto, surgiu Margaret correndo. A mulher não havia desertado, havia ido buscar a espingarda!

Assim que parou sob o batente da porta do dormitório da filha (ufa!) mirou no peito do jovem que há poucos minutos a degustava tão saborosamente e atirou. As balas da espingarda perfuraram a caixa torácica e os pulmões do garoto, tirando-lhe a vida impiedosamente. Em seguida, pasma com o que involuntariamente tinha feito, Margaret deixou a 12 cair sobre o carpete bege-escuro.

Assustados com o barulho, os convidados foram ver o que estava se passando. Horrorizados com a cena bárbara, Bartolomeu e Jatira pararam no corredor, apenas observando o crime que havia sido cometido. Preocupado com a denúncia que receberiam, Bernardo pegou a arma e disparou contra o amigo.

Bartolomeu caiu desfalecido sobre o chão frio do corredor. Jatira, no mais puro instinto de sobrevivência, tentou escapar correndo. Seu êxito foi apenas parcial. Por ora, escapou da morte, mas não do tiro, que acabou por atingi-la no tornozelo da perna direita.

A perseguição terminou na cozinha, quando Bernardo se deu conta de que as balas haviam acabado. Sem se agüentar de dor, Jatira caiu em frente à porta, sem forças para abri-la e escapar do destino incerto. Tinha força apenas para implorar por sua vida, que agora estava nas mãos de um operário bom e honesto.

Fez um apelo, jurou que se a deixasse ir não iria fazer denuncia alguma. O
homem ajoelhou-se em frente à dama que suplicava por sua vida e deu-lhe um longo beijo (de língua!). Durante o longo beijo, Jatira ouviu barulho de metais. Talheres, talvez. Ao abrir os olhos, viu que enquanto a beijava Bernardo mantinha um braço esticado, tateando o interior de uma gaveta.

Tão logo deduziu seu destino e começou a chorar, gritar, debater-se. Aos prantos, pedia misericórdia desesperada. Engasgava-se com sangue enquanto tentava rezar e convencer seu assassino de não matá-la.

Com um pulo, Bernardão se pôs de pé e ergueu o braço. Segurava uma... uma colher?! Havia se enganado. Debruçou-se sobre a gaveta e determinou que desta vez faria o serviço corretamente. A paciência e os segundos perdidos valeram a pena, pois conseguiu encontrar a maior e mais afiada faca-para-picanha.

Estava em vias de terminar o serviço quando percebeu que Jatira havia conseguido se ajoelhar. Ensangüentada e descabelada.

Após uma breve a patética tentativa de resistência, Bernardo cortou o
pescoço de Jatira com a faca de churrasco.

Dirigiu-se de volta ao quarto da filha, precisariam desertar, os três, o mais rápido possível. No entanto, não encontrou as meninas fazendo as malas.

Ainda no corredor pôde ver que a filha chorava sobre o cadáver ensangüentado do namoradinho, enquanto a mãe, estática, observava tudo, censurando cada movimento da filha, cada atitude. Nunca se sentira tão humilhada na vida.

Irada com os acontecimentos daquela noite, trocou um olhar com o marido e pegou a faca de sua forte mão de operário. Aquilo não estava certo. A filha havia envergonhado profundamente a família e deveria pagar.

Sedenta por uma vingança, Maggie espetou a faca com toda a raiva do mundo no braço da filha. O choro foi substituído por gritos desesperados de dor.

Compreendendo a situação difícil pela qual a esposa passava, Bernardão colocou ternamente a mão sobre seu ombro, confortando-a.
FIM!