Se você gosta de Raul, não leve para o lado pessoal...
O que aprendi com Raul Seixas?
A primeira resposta é nada. A segunda, após pensar um pouco, não aprendi nada de concreto.
Serei sincera, a imagem de Raul Seixas nunca me interessou, apenas umas músicas ou outras, aquelas mais famosinhas, que as vezes passam na tv... e acho super piegas quando gritam "toca raul" em qualquer show que seja.
Também confesso que só tive inspiração para esse post sobre ele pelo lançamento postumo de sua música e pela proximidade com o vigésimo aniversário de sua morte, e que só ontem a noite me dei conta que ele tenha participado 'tanto' da minha vida sem eu me dar conta, enquanto assistia uma reportagem na tv.
A influência familiar para essa imagem não tão boa sobre ele pesou muito, pois venho de uma família certinha e se meus avós não achavam Roberto Carlos uma boa influência para os filhos, imaginem então aquele cara com cara de doido que cantava sobre liberdade, sobre drogas e tantas outras coisas 'politicamente incorretas'.
Meu primeiro contato com Raul ocorreu antes de completar 10 anos, em um adesivo colocado cuidadosamente por um tio na tampa do porta-malas de seu corsa verde, escrito 'Viva a sociedade alternativa", e fiquei em um estado que misturava choque e dúvida, simplesmente por não saber ao certo o que aquilo queria dizer. Quando somos crianças, qualquer coisa fora do nosso mundinho cotidiano pode ser incrivelmente absurdo e incoerente.
Hoje eu sei que essa tal sociedade, nada mais era do que a busca de um caminho alternativo, originado das idéias "loucas'' de Raul e Paulo Coelho. Mas talvez esse tenha sido o começo de uma revolução interna dentro de minha mente. Eu nunca busquei alcançar esse caminho, e acho que nunca me interessarei em um buscar, mas encontrei outra busca, uma interna, por respostas.
Da minha mente e personalidade inquietas e curiosas, surgiu uma busca que até hoje não teve fim, por novos opiniões e concepções religiosas e de estilo de vida, não necessariamente para vive-los, mas para conhece-los e respeita-los. [[Tomo por principio básico que quanto mais se conhece sobre algo, mas fácil é respeitar aqueles que seguem ou crêem, ainda mais quando se diz respeito a fé e ideais.]]
Demorei para ter acesso a muitas informações, e mesmo quando as tinha em mãos, ainda era algo que ia contra o que eu aprendera, mas as poucos fui convivendo com isso, escutando e lendo cada vez mais coisas diferentes, e compreendendo, que o mundo é um pouco maior do que a casa e a família, e até mesmo o que não nos agrada pode ser útil para nossa formação.
Por fim, concluo três coisas: continuo não gostando da pessoa Raul Seixas - apesar de admitir que sim, ele foi importante no que sou hoje - , Paulo Coelho pra mim é como aquelas comidas esquisitas que vivem sob a imagem do "nunca provei, mas não gostei". Quanto as músicas, adquiri um gosto particular, eclético e quase excêntrico de ouvir o quase tudo, apreciando não apenas o cantor ou a letra, mas a melodia, as batidas, e tudo mais que um canção pode oferecer, procurando o que aquela música pode me dizer.
A música póstuma dele me 'disse' algo, e não é que faz sentido?
*Gospel - Raul Seixas
"Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever?
Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar?"
O que aprendi com Raul Seixas?
A primeira resposta é nada. A segunda, após pensar um pouco, não aprendi nada de concreto.
Serei sincera, a imagem de Raul Seixas nunca me interessou, apenas umas músicas ou outras, aquelas mais famosinhas, que as vezes passam na tv... e acho super piegas quando gritam "toca raul" em qualquer show que seja.
Também confesso que só tive inspiração para esse post sobre ele pelo lançamento postumo de sua música e pela proximidade com o vigésimo aniversário de sua morte, e que só ontem a noite me dei conta que ele tenha participado 'tanto' da minha vida sem eu me dar conta, enquanto assistia uma reportagem na tv.
A influência familiar para essa imagem não tão boa sobre ele pesou muito, pois venho de uma família certinha e se meus avós não achavam Roberto Carlos uma boa influência para os filhos, imaginem então aquele cara com cara de doido que cantava sobre liberdade, sobre drogas e tantas outras coisas 'politicamente incorretas'.
Meu primeiro contato com Raul ocorreu antes de completar 10 anos, em um adesivo colocado cuidadosamente por um tio na tampa do porta-malas de seu corsa verde, escrito 'Viva a sociedade alternativa", e fiquei em um estado que misturava choque e dúvida, simplesmente por não saber ao certo o que aquilo queria dizer. Quando somos crianças, qualquer coisa fora do nosso mundinho cotidiano pode ser incrivelmente absurdo e incoerente.
Hoje eu sei que essa tal sociedade, nada mais era do que a busca de um caminho alternativo, originado das idéias "loucas'' de Raul e Paulo Coelho. Mas talvez esse tenha sido o começo de uma revolução interna dentro de minha mente. Eu nunca busquei alcançar esse caminho, e acho que nunca me interessarei em um buscar, mas encontrei outra busca, uma interna, por respostas.
Da minha mente e personalidade inquietas e curiosas, surgiu uma busca que até hoje não teve fim, por novos opiniões e concepções religiosas e de estilo de vida, não necessariamente para vive-los, mas para conhece-los e respeita-los. [[Tomo por principio básico que quanto mais se conhece sobre algo, mas fácil é respeitar aqueles que seguem ou crêem, ainda mais quando se diz respeito a fé e ideais.]]
Demorei para ter acesso a muitas informações, e mesmo quando as tinha em mãos, ainda era algo que ia contra o que eu aprendera, mas as poucos fui convivendo com isso, escutando e lendo cada vez mais coisas diferentes, e compreendendo, que o mundo é um pouco maior do que a casa e a família, e até mesmo o que não nos agrada pode ser útil para nossa formação.
Por fim, concluo três coisas: continuo não gostando da pessoa Raul Seixas - apesar de admitir que sim, ele foi importante no que sou hoje - , Paulo Coelho pra mim é como aquelas comidas esquisitas que vivem sob a imagem do "nunca provei, mas não gostei". Quanto as músicas, adquiri um gosto particular, eclético e quase excêntrico de ouvir o quase tudo, apreciando não apenas o cantor ou a letra, mas a melodia, as batidas, e tudo mais que um canção pode oferecer, procurando o que aquela música pode me dizer.
A música póstuma dele me 'disse' algo, e não é que faz sentido?
*Gospel - Raul Seixas
"Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever?
Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar?"
Sis, eu adoro Raul! ahuahuahuaa. =)
ResponderExcluirSeu texto porém, como sempre, tá muito bom, parabéns!
Adorei!! Aliás, tenho adorado suas inspirações!! ^^
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