sábado, 1 de agosto de 2009

Sobre Câmeras (season finale)

Os barato todo lá, e lê os baguio lá. Boa leitura:

Logo em seguida, no entanto, surgiu Margaret correndo. A mulher não havia desertado, havia ido buscar a espingarda!

Assim que parou sob o batente da porta do dormitório da filha (ufa!) mirou no peito do jovem que há poucos minutos a degustava tão saborosamente e atirou. As balas da espingarda perfuraram a caixa torácica e os pulmões do garoto, tirando-lhe a vida impiedosamente. Em seguida, pasma com o que involuntariamente tinha feito, Margaret deixou a 12 cair sobre o carpete bege-escuro.

Assustados com o barulho, os convidados foram ver o que estava se passando. Horrorizados com a cena bárbara, Bartolomeu e Jatira pararam no corredor, apenas observando o crime que havia sido cometido. Preocupado com a denúncia que receberiam, Bernardo pegou a arma e disparou contra o amigo.

Bartolomeu caiu desfalecido sobre o chão frio do corredor. Jatira, no mais puro instinto de sobrevivência, tentou escapar correndo. Seu êxito foi apenas parcial. Por ora, escapou da morte, mas não do tiro, que acabou por atingi-la no tornozelo da perna direita.

A perseguição terminou na cozinha, quando Bernardo se deu conta de que as balas haviam acabado. Sem se agüentar de dor, Jatira caiu em frente à porta, sem forças para abri-la e escapar do destino incerto. Tinha força apenas para implorar por sua vida, que agora estava nas mãos de um operário bom e honesto.

Fez um apelo, jurou que se a deixasse ir não iria fazer denuncia alguma. O
homem ajoelhou-se em frente à dama que suplicava por sua vida e deu-lhe um longo beijo (de língua!). Durante o longo beijo, Jatira ouviu barulho de metais. Talheres, talvez. Ao abrir os olhos, viu que enquanto a beijava Bernardo mantinha um braço esticado, tateando o interior de uma gaveta.

Tão logo deduziu seu destino e começou a chorar, gritar, debater-se. Aos prantos, pedia misericórdia desesperada. Engasgava-se com sangue enquanto tentava rezar e convencer seu assassino de não matá-la.

Com um pulo, Bernardão se pôs de pé e ergueu o braço. Segurava uma... uma colher?! Havia se enganado. Debruçou-se sobre a gaveta e determinou que desta vez faria o serviço corretamente. A paciência e os segundos perdidos valeram a pena, pois conseguiu encontrar a maior e mais afiada faca-para-picanha.

Estava em vias de terminar o serviço quando percebeu que Jatira havia conseguido se ajoelhar. Ensangüentada e descabelada.

Após uma breve a patética tentativa de resistência, Bernardo cortou o
pescoço de Jatira com a faca de churrasco.

Dirigiu-se de volta ao quarto da filha, precisariam desertar, os três, o mais rápido possível. No entanto, não encontrou as meninas fazendo as malas.

Ainda no corredor pôde ver que a filha chorava sobre o cadáver ensangüentado do namoradinho, enquanto a mãe, estática, observava tudo, censurando cada movimento da filha, cada atitude. Nunca se sentira tão humilhada na vida.

Irada com os acontecimentos daquela noite, trocou um olhar com o marido e pegou a faca de sua forte mão de operário. Aquilo não estava certo. A filha havia envergonhado profundamente a família e deveria pagar.

Sedenta por uma vingança, Maggie espetou a faca com toda a raiva do mundo no braço da filha. O choro foi substituído por gritos desesperados de dor.

Compreendendo a situação difícil pela qual a esposa passava, Bernardão colocou ternamente a mão sobre seu ombro, confortando-a.
FIM!

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