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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Senta que lá vem história...
Genebra, 29 de Agosto de 2010 (aham, senta lá Cláudia...)
Mais auto-flagelação pro nosso blog... Senta que lá vem história!
Nada pra fazer...
BRINKS! Para falar a verdade, tenho toneladas de coisas para fazer. Poderia dizer até que estou sendo esmagado por obrigações e chatices.
Por que a gente não larga tudo e vai correr pelado na selva?
Okay... na selva talvez não seja uma boa idéia, ainda mais pelado...
Mas o ponto aqui é essa miopia existencial que surge sempre que a gente tem alguma responsabilidade inconveniente por tempo prolongado.
Prolongado também é um termo relativo, porque depende do seu saco. Se você estiver de saco cheio, “prolongado” pode ser meia-hora ou até menos. Segundos semestres letivos costumam ser um pesadelo para qualquer aluno. Todo mundo de pavio curto depois de férias estranhas que mais parecem uma emenda de dois feriados prolongados (que, como tal, acabaram antes da hora).
Férias de julho são, assim, igual ejaculação precoce.
E depois vem a estafa. E aquelas melancolias de discursos de bêbados, e gente correndo pra lá e pra cá, burocracias que não acabam mais. A gravidade parece exercer maior intensidade sobre superfícies macias a acolchoadas e vai ficando mais e mais difícil de levantar da cama nossa de cada dia.
É como se todo mundo tivesse numa corrida desesperada pra ver quem chega mais estressado no 31 de dezembro, já que a data parece “zerar” nossos medidores de miséria pessoal, e quem chegar pior vai conseguir se livrar de mais pesadelos que os outros.
Já falei coisas parecidas em outro post, mas corremos rumo aos cabelos brancos.
Parceiro,
Pára e pensa (sem querer dar uma de clichezão aqui)
Abre o olho, porra
Tolstoi confidenciou: “Não há grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade.”
Um) “verdade”: não sei vocês, mas eu minto pra mim mesmo todo o dia “está tudo bem, está tudo sob controle (?)”. Se tem uma afirmação que NÃO podemos fazer, esta é, absolutamente, “está tudo sob controle”. Não está nada, nunca, "sob controle". Somoes gerenciadores do nosso prórpio caos. Mas tem a máxima maquiavélica de que uma mentira, se repetida indefinidas vezes, acaba por se tornar uma verdade. Vamos esperar lá (sentados junto com a Cláudia).
Dois) “bondade”: foi banida do dicionário nos tempos da revolução industrial.
Três) “simplicidade”: Veja bem – sabe-se que “lá vem bomba” quando a sentença começa com “veja bem” –, hoje (porra(...)) falar de simplicidade equivale a dar risadas homéricas na cara de um completo desconhecido, completamente sem motivo e explicação.
O progresso quer conforto, mas o preço dele é acordar diariamente e se submeter a desconfortáveis estresses variados. Paradoxal e ainda tem fundos sádicos.
Afinal, por que a gente não tira logo a porra da roupa e vai, alegre, viver na tribo?
.
Mais auto-flagelação pro nosso blog... Senta que lá vem história!
Nada pra fazer...
BRINKS! Para falar a verdade, tenho toneladas de coisas para fazer. Poderia dizer até que estou sendo esmagado por obrigações e chatices.
Por que a gente não larga tudo e vai correr pelado na selva?
Okay... na selva talvez não seja uma boa idéia, ainda mais pelado...
Mas o ponto aqui é essa miopia existencial que surge sempre que a gente tem alguma responsabilidade inconveniente por tempo prolongado.
Prolongado também é um termo relativo, porque depende do seu saco. Se você estiver de saco cheio, “prolongado” pode ser meia-hora ou até menos. Segundos semestres letivos costumam ser um pesadelo para qualquer aluno. Todo mundo de pavio curto depois de férias estranhas que mais parecem uma emenda de dois feriados prolongados (que, como tal, acabaram antes da hora).
Férias de julho são, assim, igual ejaculação precoce.
E depois vem a estafa. E aquelas melancolias de discursos de bêbados, e gente correndo pra lá e pra cá, burocracias que não acabam mais. A gravidade parece exercer maior intensidade sobre superfícies macias a acolchoadas e vai ficando mais e mais difícil de levantar da cama nossa de cada dia.
É como se todo mundo tivesse numa corrida desesperada pra ver quem chega mais estressado no 31 de dezembro, já que a data parece “zerar” nossos medidores de miséria pessoal, e quem chegar pior vai conseguir se livrar de mais pesadelos que os outros.
Já falei coisas parecidas em outro post, mas corremos rumo aos cabelos brancos.
Parceiro,
Pára e pensa (sem querer dar uma de clichezão aqui)
Abre o olho, porra
Tolstoi confidenciou: “Não há grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade.”
Um) “verdade”: não sei vocês, mas eu minto pra mim mesmo todo o dia “está tudo bem, está tudo sob controle (?)”. Se tem uma afirmação que NÃO podemos fazer, esta é, absolutamente, “está tudo sob controle”. Não está nada, nunca, "sob controle". Somoes gerenciadores do nosso prórpio caos. Mas tem a máxima maquiavélica de que uma mentira, se repetida indefinidas vezes, acaba por se tornar uma verdade. Vamos esperar lá (sentados junto com a Cláudia).
Dois) “bondade”: foi banida do dicionário nos tempos da revolução industrial.
Três) “simplicidade”: Veja bem – sabe-se que “lá vem bomba” quando a sentença começa com “veja bem” –, hoje (porra(...)) falar de simplicidade equivale a dar risadas homéricas na cara de um completo desconhecido, completamente sem motivo e explicação.
O progresso quer conforto, mas o preço dele é acordar diariamente e se submeter a desconfortáveis estresses variados. Paradoxal e ainda tem fundos sádicos.
Afinal, por que a gente não tira logo a porra da roupa e vai, alegre, viver na tribo?
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Hoje, depois de anos passando em frente a prateleira de filmes clássicos da locadora, resolvi alugar "Um estranho no ninho".
Ok, muitos já devem tê-lo visto, mas há nele muito mais do que bons atores e interpretações muito bem feitas, há todo um 'algo mais' que quase poderia passar desapercebido.
Não preciso repetir que a faculdade amplia a mente, mas especialmente desde o dia 02 de agosto, por uma razão ainda desconhecida, uma professora foi substituída por um professor com a mesma formação (estudaram juntos nas duas universidades que cursaram) e as aulas até então insuportaveis começaram a ficar 'assistíveis" e desde ontem, apresentação do meu seminário, começaram a fazer sentido.
A matéria em questão, sociologia.
O professor não é o professor titular da cadeira, está substituindo a substituta.
A princípio, antes da mudança, iniciaríamos a tão discutida origem do crime, mas ele optou, pela bagagem cultural que proporcionaria, modificar o rumo do estudo e passar autores - não necessariamente sociólogos - que analisassem a sociedade no século XX.
A essa altura, devem estar se perguntando o que diabos 'um estranho no ninho' tem a ver com a matéria?
Tudo.
O texto do seminário (para quem se interessar, Marcuse: “A obsolecência da Psicanálise”) fala como não havendo mais a figura paterna como fonte de valor para o ser humano, e sim a sociedade influenciando o consumo e as escolhas, não há mais o ser humano como individuo.
Há uma sociedade que não se unifica por medo ou amor a um líder, mas a coesão está em evitar que o que é determinado como bom seja ameaçado e se perca.
Entretanto, quanto mais liberdade a sociedade garante ao indivíduo, mais o reprime nas exigências de conduta e comportamento.
Aprendemos a controlar nossos impulsos para viver bem em sociedade, aceitamos seus valores desde a infância e quem não é capaz de controlar os impulsos e dizer amém aos valores pode ser chamado de muitas coisas, sendo as denominações mais comuns aquelas que estão entre os conceitos de 'meu, essa cara é louco' e 'nossa, olha o esquisitão'.
Mais do que um mero clássico, o filme retrata, em um microcosmo, a sociedade unida pela repressão e medo até a chegada de um novo líder, que não aceita as regras estabelecidas.
A possibilidade de ir contra as regras inspira cada um que é reprimido a lutar contra essa repressão.
Afinal, qual a razão de aceitar ter sua vida controlada, com horários pré-definidos, atividades pré-definidas se você tem autonomia para fazer suas escolhas?
Por que não ser completa e irresistivelmente livre?
E daí tiro a conclusão tão clara e pessimista de que para ser livre é preciso abaixar a cabeça e aceitar o maior número possível de regras e imposições sociais e culturais possíveis.
Ok, muitos já devem tê-lo visto, mas há nele muito mais do que bons atores e interpretações muito bem feitas, há todo um 'algo mais' que quase poderia passar desapercebido.
Não preciso repetir que a faculdade amplia a mente, mas especialmente desde o dia 02 de agosto, por uma razão ainda desconhecida, uma professora foi substituída por um professor com a mesma formação (estudaram juntos nas duas universidades que cursaram) e as aulas até então insuportaveis começaram a ficar 'assistíveis" e desde ontem, apresentação do meu seminário, começaram a fazer sentido.
A matéria em questão, sociologia.
O professor não é o professor titular da cadeira, está substituindo a substituta.
A princípio, antes da mudança, iniciaríamos a tão discutida origem do crime, mas ele optou, pela bagagem cultural que proporcionaria, modificar o rumo do estudo e passar autores - não necessariamente sociólogos - que analisassem a sociedade no século XX.
A essa altura, devem estar se perguntando o que diabos 'um estranho no ninho' tem a ver com a matéria?
Tudo.
O texto do seminário (para quem se interessar, Marcuse: “A obsolecência da Psicanálise”) fala como não havendo mais a figura paterna como fonte de valor para o ser humano, e sim a sociedade influenciando o consumo e as escolhas, não há mais o ser humano como individuo.
Há uma sociedade que não se unifica por medo ou amor a um líder, mas a coesão está em evitar que o que é determinado como bom seja ameaçado e se perca.
Entretanto, quanto mais liberdade a sociedade garante ao indivíduo, mais o reprime nas exigências de conduta e comportamento.
Aprendemos a controlar nossos impulsos para viver bem em sociedade, aceitamos seus valores desde a infância e quem não é capaz de controlar os impulsos e dizer amém aos valores pode ser chamado de muitas coisas, sendo as denominações mais comuns aquelas que estão entre os conceitos de 'meu, essa cara é louco' e 'nossa, olha o esquisitão'.
Mais do que um mero clássico, o filme retrata, em um microcosmo, a sociedade unida pela repressão e medo até a chegada de um novo líder, que não aceita as regras estabelecidas.
A possibilidade de ir contra as regras inspira cada um que é reprimido a lutar contra essa repressão.
Afinal, qual a razão de aceitar ter sua vida controlada, com horários pré-definidos, atividades pré-definidas se você tem autonomia para fazer suas escolhas?
Por que não ser completa e irresistivelmente livre?
E daí tiro a conclusão tão clara e pessimista de que para ser livre é preciso abaixar a cabeça e aceitar o maior número possível de regras e imposições sociais e culturais possíveis.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
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