sábado, 27 de junho de 2009

Sobre seringas

Após uma longa e produtiva viagem à Eslovênia, senti bons ares de inspiração para produzir aquilo que viria ser... um texto.

Poderia intitulá-lo “minhas férias”, tendo em vista que viajei a negócios. No entanto, preferi narrar uma parte mais “alternativa” de minha visita ao país dos sonhos. Estou me referindo, aqui, ao pequeno “desvio”, ocasionado por um imprevisto obscuro e nefasto, que me levou a conhecer um outro lado do país esloveno.

Ocorreu que, no terceiro dia – aquele que precede o quarto – nas dependências do hotel que hospitaleiramente me hospedou, acolheu e abrigou, fui surpreendido por uma enfermidade, que me acometeu.

Como todo terráqueo adoecido, acabei indo parar num hospital. Pelos deuses... As instalações clínicas da Eslovênia, como são encorpadas, saudáveis, simpáticas... looooiras...

Fui recebido por enfermeiras incrivelmente loiras e semi-nuas. Muito bem recebido, por sinal. Minhas “personais” se apresentaram pelo nome e fizeram questão de me servir chazinhos, bolachinhas e gelatina hospitalar com chantily.

Devo admitir que o tempo passou muito rápido. Estávamos nos divertindo muito, minhas duas “personais” enfermeiras jogavam Nintendo Wii comigo, a disputa estava acirrada. Num dado momento, para minha fortuna, acabou a energia eslovena. Digo fortuna, pois, sem nosso sagrado videogame funcionando, tive de pensar em passatempos alternativos.

Tudo que eu tinha era um leito hospitalar e duas enfermeiras simpáticas, muito simpáticas, no sentido bíblico da coisa. Sugeri que a enfermeira loira pegasse meu baralho, enquanto a enfermeira loira abria as cortinas, para que filetes de luz solar permeassem o ambiente, que – naquele momento – já não lembrava em nada um quarto de hospital, assemelhando-se muito mais com um quarto de... hotel.

A loira enfermeira facilmente encontrou o meu baralho, que estava quase saltando para fora da mochila. Determinei absolutistamente que o jogo seria poker, strip poker. Não demoramos muito mais do que duas rodadas para definirmos empate sob comum acordo. Concordamos também – unanimemente – que todos deveríamos tirar as roupas, tendo em vista as claras regras do jogo.

Nossa segunda rodada de poker (já estávamos no “poker”) foi embaraçosamente interrompida por três batidas secas – e cruéis! – na porta de madeira do meu quarto de hotel. Colocamos as roupas sem olhar, colocamos as roupas erradas. A porta se abriu, passamos vexame.

Era o doutor. O maldito doutor. Dando-me a notícia mais estraga-prazeres de minha vida: Iria receber alta. Quando meus ouvidos acolheram aquelas palavras frias analisei seriamente a possibilidade de ter um enfarto e permanecer por lá talvez mais um mês ou dois.

Minhas enfermeiras ficaram cabisbaixas. Prometi trazê-las para conhecer este meu país tropical. Mas ainda me sentia incompleto, não poderia partir daquela terra dos sonhos sem trazer comigo um pedaço de lá (ou, por que não, deixar lá um pedaço meu...).

Foi aí que tive uma banana, digo, uma epifania. Foi a idéia mais brilhante que tive a bombordo: pedi uma polka, uma polka eslovena!

Minhas queridas loiras capricharam na coreografia e me deixaram com aquele gostinho de quero mais. Combinamos passagens, hotel, café-da-manhã. Minhas amadas estão para vir pra cá em fevereiro...

Quanto a mim, num certo momento despertei para minha rotina, segui minha vida, meus planos. Ano que vem, visito a Eslováquia...

9 comentários:

  1. Vc tah escrevendo mtu bem Fê!!
    Nossa, mostra pra Tia Lola pra ver o que ela acha!
    Kkkkkkk

    Se divertindo enquanto n pega a Sueca ein!
    aiaiaiai
    =X

    Bjuuu

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  2. Adoooro suas histórias Feee!!

    muito boa essa ^^


    \o/

    bjooo S2

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  3. hahahahahahaaaa, mto mto maassa. Euri com:

    "Ocorreu que, no terceiro dia – aquele que precede o quarto ..."

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  4. 'bem do seu jeito' mesmo! haha
    mas hein, to gostando de ver, tá escrevendo bem (Y)

    um super beijo, universitário ;*

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  5. Nuss meeu, históriia fantástiica, primeira de muuitas que eu ireei leer, parabéens Fêe, continue assiim :D

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  6. Fê só você pra escreve uma quase pornografia dessas...rs

    Loira

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  7. ahsoeuihaeiuahseuhaeouseushe

    faltou contar que as enfermeiras loiras eslovenas tinham 70 anos!

    to fazendo uma releitura imaginando isso

    ahsoiuehsaoiuehaisoeasiheiuoehsie

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  8. Nooossa Fee.. adoreii!!
    muitooo muito criativoo en?!
    quero ler mais dessas!!

    beeijão ;*
    amo voce.

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