Após muito tempo sem escrever aqui no blog, resolvi escrever sobre um assunto novamente colocado em destaque pela mídia e muito polêmico, o caso nardoni.
Não venho colocar minha opinião sobre quem é culpado ou quem é inocente, mas a visão que adquiri nesse um ano e dois meses de faculdade de direito.
Em 2008, quando aconteceu o fato, eu ainda estava no cursinho e ainda me encontrava na categoria de futura estudante de medicina, mas já me passava pela cabeça uma questão que muito me incomoda hoje, de como a mídia cria, a seu interesse, grandes espetáculos baseado na desgraça alheia.
Em troca de audiência, se esqueceram de uma mãe que perdeu uma filha, de avós que perderam a neta, e assim por diante.
Também se esqueceram de outras duas crianças que perderam seu pai e sua mãe, e que para sempre serão 'filhos dos assassinos'.
A mídia tem - e deve ter - sua total liberdade de obter e divulgar informações, afinal, este é seu papel, mas é habitual ver que o limite da responsabilidade é brutalmente ultrapassado, sempre esquecendo que por trás de cada fato existem seres humanos, e que esses fatos farão parte de suas vidas para sempre, e não apenas enquanto a notícia for interessante.
Agora, quanto ao julgamento.
Por uma questão ética, os professores não tem comentado muito o caso.
Mas a visão que eu comecei a ter não diz respeito à culpa ou à inocência, mas do julgamento e dos réus em sua totalidade.
Como será formulada a pena, como será a defesa e a acusação, a escolha do júri.
É o primeiro caso que eu acompanho com uma visão jurídica, e não leiga.
Talvez seja a mesma 'emoção' de um estudante de medicina que aprendeu sobre o coração na prática, e assistirá uma cirurgia cardiaca.
Fim.
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haushu, é inexplicável o interesse popular por novidades sagrentas ou outras coisas escrotas como big brother, etc, etc.
ResponderExcluirMinha hipótese é de que as noticias talvez liberem adrenalina, mas isso não explica o atemporal 'grande irmão'.
No meio de tudo isso, pelo menos alguém consegue descolar alguns trocados...
É por essas e outras que eu pensei bem e desisti de fazer jornalismo. NÃO ESTOU GENERALIZANDO, peloamordedeus
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