domingo, 29 de agosto de 2010

Senta que lá vem história...

Genebra, 29 de Agosto de 2010 (aham, senta lá Cláudia...)

Mais auto-flagelação pro nosso blog... Senta que lá vem história!

Nada pra fazer...

BRINKS! Para falar a verdade, tenho toneladas de coisas para fazer. Poderia dizer até que estou sendo esmagado por obrigações e chatices.

Por que a gente não larga tudo e vai correr pelado na selva?

Okay... na selva talvez não seja uma boa idéia, ainda mais pelado...

Mas o ponto aqui é essa miopia existencial que surge sempre que a gente tem alguma responsabilidade inconveniente por tempo prolongado.

Prolongado também é um termo relativo, porque depende do seu saco. Se você estiver de saco cheio, “prolongado” pode ser meia-hora ou até menos. Segundos semestres letivos costumam ser um pesadelo para qualquer aluno. Todo mundo de pavio curto depois de férias estranhas que mais parecem uma emenda de dois feriados prolongados (que, como tal, acabaram antes da hora).

Férias de julho são, assim, igual ejaculação precoce.

E depois vem a estafa. E aquelas melancolias de discursos de bêbados, e gente correndo pra lá e pra cá, burocracias que não acabam mais. A gravidade parece exercer maior intensidade sobre superfícies macias a acolchoadas e vai ficando mais e mais difícil de levantar da cama nossa de cada dia.

É como se todo mundo tivesse numa corrida desesperada pra ver quem chega mais estressado no 31 de dezembro, já que a data parece “zerar” nossos medidores de miséria pessoal, e quem chegar pior vai conseguir se livrar de mais pesadelos que os outros.

Já falei coisas parecidas em outro post, mas corremos rumo aos cabelos brancos.

Parceiro,

Pára e pensa (sem querer dar uma de clichezão aqui)

Abre o olho, porra

Tolstoi confidenciou: “Não há grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade.”

Um) “verdade”: não sei vocês, mas eu minto pra mim mesmo todo o dia “está tudo bem, está tudo sob controle (?)”. Se tem uma afirmação que NÃO podemos fazer, esta é, absolutamente, “está tudo sob controle”. Não está nada, nunca, "sob controle". Somoes gerenciadores do nosso prórpio caos. Mas tem a máxima maquiavélica de que uma mentira, se repetida indefinidas vezes, acaba por se tornar uma verdade. Vamos esperar lá (sentados junto com a Cláudia).

Dois) “bondade”: foi banida do dicionário nos tempos da revolução industrial.

Três) “simplicidade”: Veja bem – sabe-se que “lá vem bomba” quando a sentença começa com “veja bem” –, hoje (porra(...)) falar de simplicidade equivale a dar risadas homéricas na cara de um completo desconhecido, completamente sem motivo e explicação.

O progresso quer conforto, mas o preço dele é acordar diariamente e se submeter a desconfortáveis estresses variados. Paradoxal e ainda tem fundos sádicos.

Afinal, por que a gente não tira logo a porra da roupa e vai, alegre, viver na tribo?
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Hoje, depois de anos passando em frente a prateleira de filmes clássicos da locadora, resolvi alugar "Um estranho no ninho".


Ok, muitos já devem tê-lo visto, mas há nele muito mais do que bons atores e interpretações muito bem feitas, há todo um 'algo mais' que quase poderia passar desapercebido.


Não preciso repetir que a faculdade amplia a mente, mas especialmente desde o dia 02 de agosto, por uma razão ainda desconhecida, uma professora foi substituída por um professor com a mesma formação (estudaram juntos nas duas universidades que cursaram) e as aulas até então insuportaveis começaram a ficar 'assistíveis" e desde ontem, apresentação do meu seminário, começaram a fazer sentido.


A matéria em questão, sociologia.
O professor não é o professor titular da cadeira, está substituindo a substituta.
A princípio, antes da mudança, iniciaríamos a tão discutida origem do crime, mas ele optou, pela bagagem cultural que proporcionaria, modificar o rumo do estudo e passar autores - não necessariamente sociólogos - que analisassem a sociedade no século XX.


A essa altura, devem estar se perguntando o que diabos 'um estranho no ninho' tem a ver com a matéria?
Tudo.


O texto do seminário (para quem se interessar, Marcuse: “A obsolecência da Psicanálise”) fala como não havendo mais a figura paterna como fonte de valor para o ser humano, e sim a sociedade influenciando o consumo e as escolhas, não há mais o ser humano como individuo.
Há uma sociedade que não se unifica por medo ou amor a um líder, mas a coesão está em evitar que o que é determinado como bom seja ameaçado e se perca.

Entretanto, quanto mais liberdade a sociedade garante ao indivíduo, mais o reprime nas exigências de conduta e comportamento.


Aprendemos a controlar nossos impulsos para viver bem em sociedade, aceitamos seus valores desde a infância e quem não é capaz de controlar os impulsos e dizer amém aos valores pode ser chamado de muitas coisas, sendo as denominações mais comuns aquelas que estão entre os conceitos de 'meu, essa cara é louco' e 'nossa, olha o esquisitão'.


Mais do que um mero clássico, o filme retrata, em um microcosmo, a sociedade unida pela repressão e medo até a chegada de um novo líder, que não aceita as regras estabelecidas.
A possibilidade de ir contra as regras inspira cada um que é reprimido a lutar contra essa repressão.
Afinal, qual a razão de  aceitar ter sua vida controlada, com horários pré-definidos, atividades pré-definidas se você tem autonomia para fazer suas escolhas?
Por que não ser completa e irresistivelmente livre?


E daí tiro a conclusão tão clara e pessimista de que para ser livre é preciso abaixar a cabeça e aceitar o maior número possível de regras e imposições sociais e culturais possíveis.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

TELESP INFORMA:

Esse número de telefone não existe.

domingo, 15 de agosto de 2010

Respeitável público...

Qualquer semelhança é mera coincidência:







-Candidato a Deputado Federal



E, com vocês, nossos representantes:


- Glu glu!


- Enfia no cu.


- Te pegay


- ma che cazzo??

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sobre Promessas

Falar de promessas é falar de metas e, praticamente implícito, metas que não pretendemos cumprir. Ou melhor, até pretendemos tê-las cumpridas, mas não queremos nos dar ao esforço...

Há as promessas de campanha, responsáveis por verdadeiros milagres, que já elegeram nomes ilustres como Maluf, Celso Pitta, dentre vários.

Há as promessas de fim de ano. Ou começo de ano. Tanto faz. São aquelas que enchem a gente de esperança de ter um ano novo menos ruim e nos deixam super empolgados por uma semana.

Dessa ordem existe um núcleo de 70% de promessas fixas (as que fazemos todo ano mas nunca cumprimos) e 30% de promessas “rotativas” que na verdade também são a sempre a mesma coisa, só que adaptadas às nossas conjecturas temporais.

“Este ano vou emagrecer 30 quilos”, “...vou para de fumar/beber/crack”, “...parar de trair minha esposa com a aluna da faculdade”. Não vou me dar ao trabalho de citar a qual grupo pertencem.

Os 30% restante são do tipo “quero ganhar uma bolsa de estudos no Singular”, “quero entrar numa faculdade pública”, “quero sair desta faculdade (preferencialmente formado)”, “quero arranjar um emprego bom”, “quero me aposentar logo, não agüento mais...”, “Santa Maria me leeeeva, me leva de uma vez!!!”. Salientando, apenas, que os dois últimos também podem ser acumulativos.

Dito isso, não são esses tipos de promessa que me interessam. RS.

Quer dizer, de certa forma interessam. Enfim...

Promessas fazemos todos os dias, são elas que nos dão forças para agüentar as maresias do cotidiano. É disso que este textículo trata, metas. Mais precisamente, das minhas metas.

Tenho promessas de meio de ano, dado que o período letivo aqui é semestral e a minha vida é em função da faculdade. rs... A Unicamp é uma megera monogâmica e esposa ciumenta.

Quase chegando ao que interessa, resta apenas explicar a idéia desta postagem (que, modéstias à parte, considero muito boa). A ideia é a seguinte, publicar minhas promessas - só as lights, óbvio - de meio de ano no blog matando dois coelhos com uma cajadada só: 1) estando registradas aqui elas não vão cair no esquecimento; 2) (mais importante que a 1) outras pessoas vão saber das minhas metas, de modo que, se no final do ano eu não tiver atingido alguma delas, será uma humilhação imensa para mim e isso vai me estimular a cumpri-las.

Três promessinhas básicas, c’mon:

• Passar em todas as matérias da facul,

• Parar de comer tranqueiras, deixar de ser vagabundo e ir à academia pra ficar sarado e forte,

• Escrever alguns posts pro blog não ficar abandonado

Verdadeiras bobagenzinhas, mas que vão determinar o meu sucesso ou meu total fracasso e minha vergonha perpétua. Rindo de quê? Aposto que você também tem suas promessinhas... por que não escreve elas aí em baixo? ;D

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Abraços a todos.

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