sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Verniz Queimando

Veja bem,
segue, aí, um conto da carochinha, um singelo passa-tempo, para o deleite de alguns e aflição de outros. Se você não tiver muita paciência, pare no meio, ou pare aqui. Mas o ponto é que este meu texto é uma verdadeira lenga-lenga terrível, exatamente oposto a tudo que se considera uma "leitura agradável". Ademais, aproveitem este pergaminho de Satã.
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Tudo começou quando você recebeu este ilustre convite para o iate clube de Florianópolis. Excelente. Mas também não era tão bom assim. Para explicar a situação é preciso remontar às raízes da tua história, para, por fim, atingir o âmago deste tumor que o consome.

Cristiane era a verdadeira antagonista desta tua vida imunda. Mas, morava numa penthouse sofisticada num bairro nobre do seu coração, com vista para o pâncreas e tudo mais.

Você insistentemente a cortejava com propostas rentabilíssimas de programas verdadeiros, com o simples intuito de fazer alguns agrados e poder desfrutar o deleite de sua companhia. Mas, Cristiane nunca podia.

Cristiane não tinha amputado uma perna. Não. Não havia necessidade, nunca sofrera acidentes. Suas pernas passavam bem. Sim. Estavam em condições ótimas, muito obrigado. Mas, esse não é o ponto em que se quer chegar, aqui.

O ponto é que você queria usar drogas (drogas são uma metáfora, gente). Por isso você procurou ajudas múltiplas. Mas, não era bem isso o que estava faltando.

Você podia pegar o telefone e ligar para Cristiane pedindo desculpas por ter rejeitado o saboroso iate clube de Florianópolis. Mas, como se sentiria respeitado depois disso?

Agora eu lembrei porque tinha falado da perna da Cristiane, não quero que pensem que estou ficando esquizofrênico, não, não tem nenhuma vozinha me mandando escrever este texto. Mas... bom em um ponto você já desistiu de argumentar porque você nunca tem a razão, não é mesmo? Isso é o que pensam os gigantes (gigantes é uma metáfora esquizofrênica para amizades) e tudo mais!

SIM!!! Cristiane não tinha uma perna amputada, mas vestia uma carapuça vermelha! ESTE era o ponto em questão. Como um saci pererê, perambulava pelos bairros nobres deste teu patético músculo cardíaco. Entrando nos mais requintados restaurantes e degustando tudo pois tinha um cartão vip.

Mas também, não se importava de jogar lixo nas suas ruas. Não te respeitava tanto quanto acreditava respeitar. Pois, lá no fundo, Cristiane era uma mulher ocupada. Então ela podia atirar latas de cerveja de seu Aston Martin conversível enquanto dirigia pelas suas melhores avenidas.

Você gostaria de ligar, sim, para o celular de Cristiane e passar estas situações a limpo. Mas ela já teria respostas para tudo, você precisa ser mais compreensivo...

Além do mais, Reginaldo a defenderia. Reginaldo, que se apresentava mais simples e sem muita densidade psicológica era, no fundo, complexo e o que mais guardava surpresas, mesmo sem você saber.

Reginaldo também morava num bairro nobre - tinha seu lugar especial, pois merecia -, mas não andava pichando seus muros e degradando o transporte público. Mas às vezes fazia alguns comentários laminados.

Enfim, a represália foi necessária. No seu melhor julgamento! Mas ao invés de conversar com a raposa bacharel em direito, você continuaria queimando no mármore do inferno.

Nem tudo se resolve. Algumas coisas apenas passam. Mas a vida poderá continuar sendo perfeita.

Nos seus sonhos.

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3 comentários:

  1. preciso discordar de você, a leitura foi agradável, meu caro :).
    já te disse: pára de fazer engenharia e vai fazer algo lhe acrescente! ahahahah

    beijos

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  2. Meus agradecimentos à ministra.

    Excelentíssima, só vc me entende nesse mundo viu...

    mais beijos

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