segunda-feira, 3 de maio de 2010

Jornada

E o que aconteceu com a cumplicidade?
Foi levada para um beco escuro
e assassinada à queima roupa?
Sim.

Não só de universidades estaduais se faz o ser humano.

Outra viagem estava passando pela minha cabeça
Permeando finanças
Administrar nunca é problema
Tanto vacas robustas, quanto as mais fracas
A questão é o equilíbrio

Tudo que representava evasão
Estava espreitando minha mente
Fazendo tocaia
Atrás da moita

Eram pensamentos prontos para receber a deixa
E entrar em cena

Nas tribunas, executivos velhos
Assistiam indiferentes
Não se surpreendiam com os esforços
Mas ao primeiro deslize
Estariam prontos para apontar
Como uma faca que desponta
Cortando o vento

Eu prefiro
Não
Eu vou esperar alguém tropeçar em alguma peça de dominó
Para então lançar mão de argumentos enfileirados

Espero acumular muito poder
Para poder mexer peças de xadrez num tabuleiro
Ao invés de ser mexido
Pela mão que dita e decide

Num braço-de-ferro incandescente
Na guerra, no amor e em festivais aleatórios
Tudo vale, vale tudo

Minha mente viajava
Era só comprar uma passagem e ir.
E a coragem?

A coragem não era uma raposa
Era uma hiena covarde
Que saía para tomar café
E me abandonava ao léu?

Apenas o relógio ergueria a espada contra a covardia
No meio tempo, cigarros queimariam nos cinzeiros
Gelo derreteria aguando o whisky

Os exemplos podiam ser encontrados em estantes
Bem organizados, ou mal
Musicas ecoavam na bela paisagem montanhosa
Hoje o cardápio do bandejão é de bife acebolado
E o suco
De caju
Maldito caju!

Não me surpreendi quando encontrei
cachorros fazendo sujeira sobre meu túmulo
Alguma raposa ia aparecer,
conversar comigo,
e me enganar.

4 comentários:

  1. você me surpreende em cada texto, sabia? eita dom pra escrever :) to com um texto pronto aqui, fiz no fim de semana pra postar, como prometido. amanhã posto... beijão.

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  2. meu amor!
    adoreeei essaaa.. vc é demaais!
    * um cheiirinho peculiar para voce! *

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