sexta-feira, 3 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Senta que lá vem história...
Mais auto-flagelação pro nosso blog... Senta que lá vem história!
Nada pra fazer...
BRINKS! Para falar a verdade, tenho toneladas de coisas para fazer. Poderia dizer até que estou sendo esmagado por obrigações e chatices.
Por que a gente não larga tudo e vai correr pelado na selva?
Okay... na selva talvez não seja uma boa idéia, ainda mais pelado...
Mas o ponto aqui é essa miopia existencial que surge sempre que a gente tem alguma responsabilidade inconveniente por tempo prolongado.
Prolongado também é um termo relativo, porque depende do seu saco. Se você estiver de saco cheio, “prolongado” pode ser meia-hora ou até menos. Segundos semestres letivos costumam ser um pesadelo para qualquer aluno. Todo mundo de pavio curto depois de férias estranhas que mais parecem uma emenda de dois feriados prolongados (que, como tal, acabaram antes da hora).
Férias de julho são, assim, igual ejaculação precoce.
E depois vem a estafa. E aquelas melancolias de discursos de bêbados, e gente correndo pra lá e pra cá, burocracias que não acabam mais. A gravidade parece exercer maior intensidade sobre superfícies macias a acolchoadas e vai ficando mais e mais difícil de levantar da cama nossa de cada dia.
É como se todo mundo tivesse numa corrida desesperada pra ver quem chega mais estressado no 31 de dezembro, já que a data parece “zerar” nossos medidores de miséria pessoal, e quem chegar pior vai conseguir se livrar de mais pesadelos que os outros.
Já falei coisas parecidas em outro post, mas corremos rumo aos cabelos brancos.
Parceiro,
Pára e pensa (sem querer dar uma de clichezão aqui)
Abre o olho, porra
Tolstoi confidenciou: “Não há grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade.”
Um) “verdade”: não sei vocês, mas eu minto pra mim mesmo todo o dia “está tudo bem, está tudo sob controle (?)”. Se tem uma afirmação que NÃO podemos fazer, esta é, absolutamente, “está tudo sob controle”. Não está nada, nunca, "sob controle". Somoes gerenciadores do nosso prórpio caos. Mas tem a máxima maquiavélica de que uma mentira, se repetida indefinidas vezes, acaba por se tornar uma verdade. Vamos esperar lá (sentados junto com a Cláudia).
Dois) “bondade”: foi banida do dicionário nos tempos da revolução industrial.
Três) “simplicidade”: Veja bem – sabe-se que “lá vem bomba” quando a sentença começa com “veja bem” –, hoje (porra(...)) falar de simplicidade equivale a dar risadas homéricas na cara de um completo desconhecido, completamente sem motivo e explicação.
O progresso quer conforto, mas o preço dele é acordar diariamente e se submeter a desconfortáveis estresses variados. Paradoxal e ainda tem fundos sádicos.
Afinal, por que a gente não tira logo a porra da roupa e vai, alegre, viver na tribo?
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Ok, muitos já devem tê-lo visto, mas há nele muito mais do que bons atores e interpretações muito bem feitas, há todo um 'algo mais' que quase poderia passar desapercebido.
Não preciso repetir que a faculdade amplia a mente, mas especialmente desde o dia 02 de agosto, por uma razão ainda desconhecida, uma professora foi substituída por um professor com a mesma formação (estudaram juntos nas duas universidades que cursaram) e as aulas até então insuportaveis começaram a ficar 'assistíveis" e desde ontem, apresentação do meu seminário, começaram a fazer sentido.
A matéria em questão, sociologia.
O professor não é o professor titular da cadeira, está substituindo a substituta.
A princípio, antes da mudança, iniciaríamos a tão discutida origem do crime, mas ele optou, pela bagagem cultural que proporcionaria, modificar o rumo do estudo e passar autores - não necessariamente sociólogos - que analisassem a sociedade no século XX.
A essa altura, devem estar se perguntando o que diabos 'um estranho no ninho' tem a ver com a matéria?
Tudo.
O texto do seminário (para quem se interessar, Marcuse: “A obsolecência da Psicanálise”) fala como não havendo mais a figura paterna como fonte de valor para o ser humano, e sim a sociedade influenciando o consumo e as escolhas, não há mais o ser humano como individuo.
Há uma sociedade que não se unifica por medo ou amor a um líder, mas a coesão está em evitar que o que é determinado como bom seja ameaçado e se perca.
Entretanto, quanto mais liberdade a sociedade garante ao indivíduo, mais o reprime nas exigências de conduta e comportamento.
Aprendemos a controlar nossos impulsos para viver bem em sociedade, aceitamos seus valores desde a infância e quem não é capaz de controlar os impulsos e dizer amém aos valores pode ser chamado de muitas coisas, sendo as denominações mais comuns aquelas que estão entre os conceitos de 'meu, essa cara é louco' e 'nossa, olha o esquisitão'.
Mais do que um mero clássico, o filme retrata, em um microcosmo, a sociedade unida pela repressão e medo até a chegada de um novo líder, que não aceita as regras estabelecidas.
A possibilidade de ir contra as regras inspira cada um que é reprimido a lutar contra essa repressão.
Afinal, qual a razão de aceitar ter sua vida controlada, com horários pré-definidos, atividades pré-definidas se você tem autonomia para fazer suas escolhas?
Por que não ser completa e irresistivelmente livre?
E daí tiro a conclusão tão clara e pessimista de que para ser livre é preciso abaixar a cabeça e aceitar o maior número possível de regras e imposições sociais e culturais possíveis.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Sobre Promessas
Há as promessas de campanha, responsáveis por verdadeiros milagres, que já elegeram nomes ilustres como Maluf, Celso Pitta, dentre vários.
Há as promessas de fim de ano. Ou começo de ano. Tanto faz. São aquelas que enchem a gente de esperança de ter um ano novo menos ruim e nos deixam super empolgados por uma semana.
Dessa ordem existe um núcleo de 70% de promessas fixas (as que fazemos todo ano mas nunca cumprimos) e 30% de promessas “rotativas” que na verdade também são a sempre a mesma coisa, só que adaptadas às nossas conjecturas temporais.
“Este ano vou emagrecer 30 quilos”, “...vou para de fumar/beber/crack”, “...parar de trair minha esposa com a aluna da faculdade”. Não vou me dar ao trabalho de citar a qual grupo pertencem.
Os 30% restante são do tipo “quero ganhar uma bolsa de estudos no Singular”, “quero entrar numa faculdade pública”, “quero sair desta faculdade (preferencialmente formado)”, “quero arranjar um emprego bom”, “quero me aposentar logo, não agüento mais...”, “Santa Maria me leeeeva, me leva de uma vez!!!”. Salientando, apenas, que os dois últimos também podem ser acumulativos.
Dito isso, não são esses tipos de promessa que me interessam. RS.
Quer dizer, de certa forma interessam. Enfim...
Promessas fazemos todos os dias, são elas que nos dão forças para agüentar as maresias do cotidiano. É disso que este textículo trata, metas. Mais precisamente, das minhas metas.
Tenho promessas de meio de ano, dado que o período letivo aqui é semestral e a minha vida é em função da faculdade. rs... A Unicamp é uma megera monogâmica e esposa ciumenta.
Quase chegando ao que interessa, resta apenas explicar a idéia desta postagem (que, modéstias à parte, considero muito boa). A ideia é a seguinte, publicar minhas promessas - só as lights, óbvio - de meio de ano no blog matando dois coelhos com uma cajadada só: 1) estando registradas aqui elas não vão cair no esquecimento; 2) (mais importante que a 1) outras pessoas vão saber das minhas metas, de modo que, se no final do ano eu não tiver atingido alguma delas, será uma humilhação imensa para mim e isso vai me estimular a cumpri-las.
Três promessinhas básicas, c’mon:
• Passar em todas as matérias da facul,
• Parar de comer tranqueiras, deixar de ser vagabundo e ir à academia pra ficar sarado e forte,
• Escrever alguns posts pro blog não ficar abandonado
Verdadeiras bobagenzinhas, mas que vão determinar o meu sucesso ou meu total fracasso e minha vergonha perpétua. Rindo de quê? Aposto que você também tem suas promessinhas... por que não escreve elas aí em baixo? ;D
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Abraços a todos.
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quarta-feira, 30 de junho de 2010
Sorria...
quinta-feira, 24 de junho de 2010
"Querido Jornalista..."
terça-feira, 1 de junho de 2010
Mundo Adulto
Tive um dia foda.
Uma análise mais aprofundada inferiria que tive um dia foda pra caralho. Isso foi ontem (24).Tinha problemas pra resolver. Ainda não resolvi nenhum, mas outros relacionados já surgiram. Outstanding!
Aconteceu o seguinte: precisava encontrar um despachante para fazer a transferência do carro. Depois de muita procura encontrei um, aqui, em Barão Geraldo. Fui até o local, onde um sujeito me informou os documentos necessários para o procedimento, dentre eles o laudo de inspeção veicular.
Essa tal inspeção veicular – um método inovador e criativo que políticos bonzinhos encontraram pra arrancar mais dinheiro da população – precisa ser agendada e só pode ser feita na capital pois é onde o carro está originalmente registrado. Me imaginei num telefonema, meu pai virando uma arara ao receber tão meiga notícia.
Mas o inferno não começou. Não, não. Quando estava tirando meu carro da vaga em que havia estacionado, tive o pára-lama atingido por um Peugeot desgovernado, que dava ré sem ninguém dentro e pertencia a um árabe chamado Mohammed. Aí sim, hein! Imaginei a repercussão de contar esse fato aos meus pais. Aliás, uma história bem plausível, não acham?
Meus problemas curiosamente são bem unidos e vêm andando de mãos dadas, não, melhor, vêm marchando de mãos dadas a meu encontro. Meigo! Agora o carro não pode voltar pra São Paulo sem antes passar pelo funileiro. Depois, fazer a glamorosa e épica inspeção ambiental e só então ser transferido para cá. Que tal isso?
Eu não tinha nenhuma prova e essa era pra ser a minha semana de descanso...
Mas aí, tinha o problema do despachante e, também, uma fabulosa cobrança atípica referente ao meu cartão de crédito, que nunca usei! E também, tomei conhecimento de que uma prova tinha sido adiada para hoje.
10:43 PM. Não fiz a prova.
Lá pras 5 horas da tarde peguei no sono e só acordei depois das 9h. Estou ficando viciado em cantos gregorianos. É como se eu precisasse de morfina pra me aclamar. Pelo menos, tenho o consolo de que, com duas amigas médicas, no futuro não vai ser difícil de arranjar.
Campinas, 26 de maio de 2010
...
Campinas, 1 de junho de 2010
Hoje já tá tudo resolvido. Graças aos deuses. A semana passada foi uma semana jogada no lixo. Que merda, hein! Um acontecimento imbecil numa tarde de segunda-feira fodeu toda uma semana.
Ficava acordado esperando ligações. A hora que não agüentava mais, ia cochilar e acabava emendando com o sono da noite. Nessa brincadeira fiquei quase dois dias sem tomar banho, não fui na academia nenhum dia, perdi aulas.
Meus pais, por motivos diversos, estavam estressados até o pescoço. Eu... bem, eu estava estressado até o pescoço. Uma semana corrida, consegui resolver aqueles problemas que haviam surgido no meio do caminho. Em outras palavras, não ganhei nada, só recuperei o que tinha perdido. De volta à estaca zero. Isso é tudo, caros amigos... enfiem o dedo no cu e sejam bem vindos ao mundo adulto!
domingo, 30 de maio de 2010
Surpresa
Estava folheando, ou melhor, “cadernando” o jornal, escolhendo alguma coisa para ler no banheiro quando fui atingido em cheio por uma manchete boa. Sim, caros amigos, uma coisa boa!
No caderno de automóveis, a manchete “este ‘avião’ será fabricado em São Paulo”. Só não caí da cadeira porque eu estava de pé. Trata-se de um superesportivo (sim, tipo uma Lamborghini) que será fabricado em território nacional. Que tesão!
Esta verdadeira obra-prima será desenvolvida pela empresa Amoritz GT e terá seu preço no entorno dos 2 milhões de reais. O motor vem dos EUA, um V10 de Dodge Viper modificado para rodar com álcool e acrescido de dois turbos para render uma potência ideal (de pelo menos 840cv).
O câmbio também virá dos EUA e os freios, da Itália. Afora, produção 100% verde e amarela. Este é justamente o tipo de notícia que quero ler. Que dá orgulho de ser brasileiro!
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Fast food
Hoje é isso. Não só comemos rápido, mas vivemos rápido. O mundo é muito dinâmico. O mundo não pára. O mundo não dorme. Levamos nossos corpos ao extremo da capacidade humana. Tudo isso a troco de quê?
Num mundo capitalista onde tempo é dinheiro, vivemos com pressa. Mas, pressa de quê? Tudo se transformou numa corrida sem sentido rumo ao túmulo.
Durante uma aula de introdução à economia meu professor nos apresentou um novo conceito, chamado de slow food e, mais além, slow life. Nada mais coerente. A mim, isso representa a redenção. Representa a volta do ser humano a suas raízes naturais. Saudáveis.
Como alguns amigos já ficaram sabendo, esta semana, que para mim seria uma semana de descanso, transformou-se no meu pior pesadelo. Foi como se uma descarga de problemas tivesse inundado a minha existência, como um tsunami, implacável, que invade a praia destruindo tudo por onde passa.
Um caos.
Espertos são os baianos. Tranqüilos, com sua cultura discretamente superior. Que saudades do sossego! Retornando ao princípio, à “comida rapidinha” e aproveitando o gancho regional, fast food no nordeste é "fésti fódi". Nada mais justo:
ti fódi o estômago,
ti fódi o intestino,
ti fódi o colesterol...
Todo esse tempo supostamente ganho nos vai ser debitado da expectativa de vida lá na frente. That’s all, folks! Espero que nos lembremos disso, nas estressantes faculdades da vida ou entre mordidas de hambúrguer...
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Ordem
Na verdade, algumas semanas, já que as provas começaram dia 12 de abril... e como eu comecei a estudar antes das provas, nossa, mais de uma mês sem 'sossego'.
Ah, sem esquecer do seminário do Direito Constitucional... quem precisa mesmo almoçar e dormir oito horas por noite?
Planos para sábado: colocar as matérias em dia, uma vez que a dedicação exclusiva ao seminário na última semana atrasou muita coisa.
Estou exausta, com o corpo doendo de cansaço
[[Sim, quando eu pensei que o cansaço mental do cursinho era o máximo que poderia haver de cansaço no campo estudantil, vem a faculdade provar que existe uma espécie ainda maior que deixa o corpo de tão exausto, levemente dolorido]].
Eis que eu, aproveitando a tarde que me dei de descanso, colocando a conversa em dia na casa de uma tia, como numa pequena epifania tive uma resposta... SIM, VALE A PENA!
No final da tarde o sobrinho dela chegou - ela não é minha tia de verdade, mas de coração - e chorando, emocionado numa felicidade maior que tudo, contou que passara no Exame da Ordem.
E pela primeira vez tive uma convicção de que essa dorzinha no corpo e esse sono atrasado, e todas as 200 páginas por semana de leitura de n matérias valem a pena e daqui três anos o choro de alegria será meu!
terça-feira, 4 de maio de 2010
Divagações
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Jornada
Foi levada para um beco escuro
e assassinada à queima roupa?
Sim.
Não só de universidades estaduais se faz o ser humano.
Outra viagem estava passando pela minha cabeça
Permeando finanças
Administrar nunca é problema
Tanto vacas robustas, quanto as mais fracas
A questão é o equilíbrio
Tudo que representava evasão
Estava espreitando minha mente
Fazendo tocaia
Atrás da moita
Eram pensamentos prontos para receber a deixa
E entrar em cena
Nas tribunas, executivos velhos
Assistiam indiferentes
Não se surpreendiam com os esforços
Mas ao primeiro deslize
Estariam prontos para apontar
Como uma faca que desponta
Cortando o vento
Eu prefiro
Não
Eu vou esperar alguém tropeçar em alguma peça de dominó
Para então lançar mão de argumentos enfileirados
Espero acumular muito poder
Para poder mexer peças de xadrez num tabuleiro
Ao invés de ser mexido
Pela mão que dita e decide
Num braço-de-ferro incandescente
Na guerra, no amor e em festivais aleatórios
Tudo vale, vale tudo
Minha mente viajava
Era só comprar uma passagem e ir.
E a coragem?
A coragem não era uma raposa
Era uma hiena covarde
Que saía para tomar café
E me abandonava ao léu?
Apenas o relógio ergueria a espada contra a covardia
No meio tempo, cigarros queimariam nos cinzeiros
Gelo derreteria aguando o whisky
Os exemplos podiam ser encontrados em estantes
Bem organizados, ou mal
Musicas ecoavam na bela paisagem montanhosa
Hoje o cardápio do bandejão é de bife acebolado
E o suco
De caju
Maldito caju!
Não me surpreendi quando encontrei
cachorros fazendo sujeira sobre meu túmulo
Alguma raposa ia aparecer,
conversar comigo,
e me enganar.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Satisfações
A UNICAMP, essa mademoiselle hitlerista que nos acolhe, é a mesma que apedreja, escarra, pisa no nosso pé e depois nos atira pimenta nos olhos.
Mas, este não vai ser maais um muro de lamentações. Reclamamos demais. É chagada a hora de listar o que também acontece de deleitoso e dionisíaco.
Ontem (quarta-feria, 14) teve um churras aqui na rep. Velho barreiro, 51, Smirnoff e as meninas. Nem só de aulas vive o homem! Hoje acordei uma e pouco da tarde. Sem vontade de ir bandejar.
O brunch foi a refeição matinal, horário de almoço mas com qualidade inferior a de um café da manhã. Não tem palavra pra descrever um pacotinho de bolacha de leite da Bauducco. A seco...
Mas não parou por aí. Quando a fome bateu, lá pras quatro e pouco da tarde, a solução foi sair no meio da aula de g.a. e ir direto rumo à cantina da física, onde uma saborosa coxinha e uma caixa de toddynho me aguardavam. Pra viagem.
E voltei pra aula, que era num auditório do ciclo básico. Com a cozinha e o toddynho mesmo, na frente do professor, como quem faz uma afronta. Duas carteiras ao lado meu colega tirava uma pestana.
A matéria era equações do plano. Mais especificamente as paramétricas. A prova vai ser na semana que vem, 3ª feira. Ou 5ª. Nenhuma me convém.
Voltando à minha rotina pacata não pude deixar de agradecer aos deuses pelo fato de o professor nos ter dispensado uns 35 minutos mais cedo. Fui pra rep. Depois para o mercado. Depois para a academia. Depois para a rep de novo.
Ia ter uma puta duma aula das 9 às 11 da noite, mas não quis ir. Matei.
Grande coisa também. É muito melhor voltar pra casa para ouvir the final countdown do que não fazê-lo.
Depois saí de novo, lá pra meia-noite. Tinha uma festa em uma rep. E os butecos da avenida um.
Eu queria mesmo era ir para o bate-ponto comer espetos e encher a cara de qualquer coisa.
Esqueci de mencionar, mas depois d a bolacha e da coxinha, o mais próximo que cheguei de uma refeição foi um pacote de cheetos laranja. Pelo menos não tem tanto chulé quanto o amarelo.
Mais um restinho de suco de laranja de caxinha.
E ainda tinha que lavar o copo, porque depois do churrasco o caos se instaurou, e vai perdurar até o amanhecer, quando a empregada vier botar os pingos nos is.
Há muito venho protelando posts e muitos posts se perdem. Mas agora eu to aqui, deitado na cama e teclando como alguém que tem alguma coisa relevante pra contar. Não tinha tang no supermercado e não fiz arroz.
3ª feira teve o shopping...
quarta-feira, 31 de março de 2010
Ao mestre... com carinho?!
Como diria o Fernando, se você é contra opiniões polêmicas, aproveite agora mesmo a chance de parar por aqui...
Se continuou, aproveite!
Eu acho muito cômico como pode parecer que a ideia de parar o trânsito da avenida paulista em véspera de feriado pode parecer uma boa ideia para alcançar qualquer benefício.
Primeiro, porque, infelizmente, as pessoas dentro daqueles carros que não conseguiram andar não podem fazer nada além de buzinar, falar uns palavrões e ficar com um humor um pouquinho pior do que o normal.
Além disso, se greve fosse realmente eficiente...
Ok, os salários são baixos.
As condições são péssimas.
Mas os maiores prejudicados dessas greves são os que realmente acreditam estar sendo beneficiados com a falta de aulas: os alunos.
Porque enquanto professores ficarem com essas greves nesse falso marxismo que se prega, com bandeirolas de partidos com idealistas frustrados de partidos e de uma organização sindical que defende os interesses próprios, não só a situação dos professores, mas a de tantas outras classes sindicais continuará como está.
[[Para constar: eu não tenho absolutamente nada contra marx, aliás, simpatizo com muitas ideias dele. Não sou de direita, sou completamente a favor da liberdade de expressão, desde que essa liberdade seja usada com consciência e responsabilidade.]]
Gritar, apitar freneticamente, deslocar uma quantidade imensa de policiais militares para ficar tomando conta de manifestantes, causar o caos não só com motoristas, mas com tantas pessoas que passam na avenida paulista e ganham salários tão baixos quanto... resolveu?
Houve algum aumento salarial de 3,34%?
E os alunos?
Quem está ensinando a eles muito mais do que operações matemáticas, regras gramaticais, história? E mais, quem está ensinando a eles que o que realmente resolve a situação não é quem grita mais alto, é quem usa a voz da razão.
Porque se são - e isso realmente são, não dúvido, não questiono - tão importantes para a formação dos cidadãos de amanhã, ensinem para eles que atitudes extremistas não solucionam.
Ensinem que os bons protestos, não são aqueles que atrapalham, mas os que realmente mudam algo.
Fico pensando: pra que entrar em choque com policiais militares, se estes também necessitam de aumento salarial?
Bombeiros, médicos da rede pública... tantos outros também precisam tanto de aumento, será que não era hora em vez de atrapalhar, juntar as forças em prol do interesse em comum?
quinta-feira, 25 de março de 2010
Essas pessoas não trabalham?
créditos da imagem a Thiago Scarelli/ UOL
Meus AMORES, lanço a seguinte retórica: essas pessoas não trabalham?
Essa é apenas uma das 50 fotos do acervo da uol sobre a ignorância de alguns. Depois que choveu pelo menos as pessoas foram embora, restou esse infeliz, com seus protestos altamente relevantes.
A comoção pública, dadas a frieza e a brutalidade do evento, é até compreensível, mas por uma semana, duas no máximo! Mais de um ano já se passou, mais de um ano!!! E lá permanecem as verdadeiras hordas de interessados no acontecimento. São pessoas que, por excelência, tem tanto a ver com o caso quanto o galho seco tem com a virgindade da macaca.
Se vocês querem, mas se vocês realmente QUEREM, dar bola para o que é divulgado pela imprensa, dêem. Sintam-se à vontade, fiquem chocados. Mas fiquem chocados por 15 minutos, não parem suas vidas por isso.
Ainda mais num país como o Brasil, onde, todos os dias (e várias vezes ao dia!), os direitos da população são insensivelmente atirados da janela do 6º andar.
As pessoas, como o indivíduo da foto, poderiam protestar em prol de algo mais produtivo como maiores volumes de dinheiro publico sendo destinados a saneamento básico ou mesmo cotas de impressão para os alunos de engenharia civil da UNICAMP. Ou então, ordem e progresso permanecerão apenas na nossa bandeira.
Não quis parecer comunista ou qualquer outra coisa (veja que não insisti em velhas raposas e procurei evitar o discurso tipicamente “chato”). Ademais, gostaria de pedir desculpas por estar levando ao fim um texto inútil e absolutamente improdutivo, agradecer à minha colega homônima pelas considerações técnicas e impessoais (graças aos deuses!), e tentar resgatar, nas ultimas linhas que me restam, a possibilidade de dar algum sentido a essa maluquice toda.
Aos leitores, uma charge, para dar utilidade (ainda que frívola) a esta crônica e descontrair:
domingo, 21 de março de 2010
Não venho colocar minha opinião sobre quem é culpado ou quem é inocente, mas a visão que adquiri nesse um ano e dois meses de faculdade de direito.
Em 2008, quando aconteceu o fato, eu ainda estava no cursinho e ainda me encontrava na categoria de futura estudante de medicina, mas já me passava pela cabeça uma questão que muito me incomoda hoje, de como a mídia cria, a seu interesse, grandes espetáculos baseado na desgraça alheia.
Em troca de audiência, se esqueceram de uma mãe que perdeu uma filha, de avós que perderam a neta, e assim por diante.
Também se esqueceram de outras duas crianças que perderam seu pai e sua mãe, e que para sempre serão 'filhos dos assassinos'.
A mídia tem - e deve ter - sua total liberdade de obter e divulgar informações, afinal, este é seu papel, mas é habitual ver que o limite da responsabilidade é brutalmente ultrapassado, sempre esquecendo que por trás de cada fato existem seres humanos, e que esses fatos farão parte de suas vidas para sempre, e não apenas enquanto a notícia for interessante.
Agora, quanto ao julgamento.
Por uma questão ética, os professores não tem comentado muito o caso.
Mas a visão que eu comecei a ter não diz respeito à culpa ou à inocência, mas do julgamento e dos réus em sua totalidade.
Como será formulada a pena, como será a defesa e a acusação, a escolha do júri.
É o primeiro caso que eu acompanho com uma visão jurídica, e não leiga.
Talvez seja a mesma 'emoção' de um estudante de medicina que aprendeu sobre o coração na prática, e assistirá uma cirurgia cardiaca.
Fim.
sábado, 20 de março de 2010
Feliz dia de São José
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Malandragens Comedidas Azuis
Suzana escovava os lisos cabelos loiros no banheiro de sua suíte quando de repente ouviu um barulho aterrorizante. Alguém invadira sua mansão. Desesperada, pegou uma bazuca de bolso que guardava numa das gavetas para eventuais emergências. Desceu a requintada escada de mármore apoiando-se em seu corrimão de ferro fundido, passou pelo piano de cauda de marfim com detalhes talhados a mão e apliques de ouro 937 kilates e chegou, por fim, à sua gloriosa cozinha de filme americano.
Pôde ver um vulto movendo-se na área de serviço, e quando acendeu a luz viu que se tratava de Ricardo. Fitou-o da cabeça aos pés, jogou sua bazuca para trás e, com um olhar sensual, despiu o homenzarrão com os dentes. Fizeram amor em cima da máquina de lavar.
Ricardo, vulgo Ricardão, media 1,90m e tinha as costas largas. Seus cabelos loiros eram lisos e despenteados, e convidavam Suzana a aventuras.
Após duas horas subiram ao quarto de Suzana onde dormiram abraçados até o horário de Ricardo ir trabalhar. O namorado saiu às 8:00h, quinze minutos antes da chegada de Jorge. Jorge era amante de Suzie. Um empresário muito rico e bem sucedido e pai de família. Imponente, o empresário entrou na mansão e foi direto ao quarto da ingênua dama.
Jorge, vulgo Jorjão, media 1,92m e tinha o queixo viril e latino. Seus cabelos castanhos eram espetados e convidavam Suzie a sutis malandragens. Fez o serviço todo em menos de vinte minutos e saiu sem se despedir direito.
Suzana foi até a porta da sala ver se avistava o amante, mas tudo que avistou foi Marcos, o jardineiro. Ao vê-lo sob aquele sol escaldante, sentiu pena e convidou-o para uma limonada.
Meio copo de limonada depois e estavam sobre a mesa italiana de pinho polido brincando discretamente.
Marcos, vulgo Marcão, era um homem mulato de braços fortes. Media 1,93m e seus beiços carnudos convidavam Suzana a brincadeiras discretas. Uma hora e três copos de limonada depois e o serviço de jardinagem estava concluído: todos os “arbustos” devidamente “aparados”.
Ligeiramente cansada, Suzie decidiu assistir aos jogos pan-americanos. Sentou-se em seu sofá de veludo suíço e ligou sua LG Time Machine de 50” de plasma. Em pouco tempo começou a perceber como aquela imagem nítida, em alta resolução e perfeita se tornava monótona depois de um tempo e calculou o estrago que meio copo de limonada (que sobrara) poderia fazer na fiação.
O estrago foi maior que o previsto e ao invés de turvar um pouco, a imagem toda ficou em chuviscos. Desapontada e molhada (de limonada), Suzie teve que chamar o técnico da TV a cabo.
Eficientemente chegou Carlos, o homem da TV a cabo. Com todo o profissionalismo do mundo, diagnosticou que para evitar possíveis curtos deveriam fazer um fio-terra. A idéia “agitou” Suzana. Tamanha agitação só se acalmou com certa atividade antiética sobre a mesa-de-centro da sala.
Carlos, vulgo Carlão, media 1,95m e tinha um olhar penetrante. Apesar da aparência jovial e esportiva, carregava 20 anos em cada perna e mais uns 10 distribuídos por outras partes do corpo.
A atividade antiética foi gentil e delicada, traços de muita experiência e pouca vitalidade; durou aproximadamente meia-hora, mas valeu cada segundo.
Depois de uma manhã tão agitada Suzie não conseguia pensar em outra coisa senão numa boa comida, digo, numa boa refeição. Foi até a cozinha fritar um ovo, mas para seu azar o gás havia acabado. Pediu por um botijão no seu Motorola V3 Rosa e, em meia-hora, chegou Paulo, o entregador da Ultragás.
Paulo, vulgo Paulão, media 1,57m e, de tanto carregar botijões tinha a coluna torta. Homem de inúmeras qualidades, Paulão era manco de um perna, vesgo e tinha a língua presa, o que ocasionava projéteis de baba durante suas falas.
O apelido Paulão se dava devido a um dote de família, presente em todos os representantes masculinos de sua linhagem. Seu charme corcunda convidava Suzie a passatempos adultos.
Após “trocar o botijão” de Suzie, Paulão foi embora sem olhar para trás. Durante a despedida, algumas lágrimas brotaram dos olhos de Suzie, que temia nunca mais encontrar o singelo e humilde entregador de gás que roubara seu coração.
Suzana agora podia “fritar seu ovo”, exceto por um pequeno detalhe do qual havia se esquecido: não sabia fritar ovos.
A ingênua dama ia ter que pedir uma pizza...
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Oktoberfest
Começando agora meu post, vamos falar de política! Sim, esse assunto tão debatido e tão pouco resolvido, que muitas pessoas insistem em deixar de lado e dedicar a ele pouca importância! Esta faca de dois gumes! Esta sujeirada! Este imbróglio que quiproquó!
O que muita gente sabe (ou não) mas que demonstra não saber, é que a política e aqueles homenzinhos que colocamos lá em cima influem direta e indiretamente em grande parte dos fatos corriqueiros do resto de nossas vidas. O preço do feijão, os impostos, o tempo que a sua vózinha vai esperar na fila do posto de saúde, a educação dos seus 5 filhos e os pedágios e buracos que você encontrará nestas longas estradas tortuosas da vida (literalmente)
Acontece que depois todo mundo adora reclamar e usar o substantivo tão adorado pelos rebeldes sem causa - o "governo".
Ah olha esse aquecimento global, maldito governo.
Minha tia foi assaltada as 3 HORAS DA TARDE! Tudo culpa do governo!
O meu cachorro foi atropelado. Odeio o governo.
Queimei o bolo que eu ia fazer pro meu genro, merda de governo.
Então vamos votar direitinho pra depois reclamarmos COM RAZÃO. Tomem cuidado com BBB, Carnaval, Copa do mundo, filme do Lula, euforia das Olimpíadas no Rio... Divirtam-se mas não se deixem influenciar. Pesquisem, leiam sobre os antecedentes dos canditados, pensem! E nada de dizer "ah, não vou votar nesse porque ninguém vai votar nele, daí vou jogar meu voto fora." Ô imbecil, se todas as pessoas pensassem assim, ninguém ganharia. Nada de achar que só existem 2 candidatos no mundo.
( http://www.eleicao2010.net/ - pra você que está mais perdido que chinelo de bêbado em comício )
Eu seu que falei, falei e acabei não dizendo nada, afinal tenho certeza que todos os nossos muitos leitores são espertos e votarão conscientemente ;)
Hasta luego!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Verniz Queimando
segue, aí, um conto da carochinha, um singelo passa-tempo, para o deleite de alguns e aflição de outros. Se você não tiver muita paciência, pare no meio, ou pare aqui. Mas o ponto é que este meu texto é uma verdadeira lenga-lenga terrível, exatamente oposto a tudo que se considera uma "leitura agradável". Ademais, aproveitem este pergaminho de Satã.
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Tudo começou quando você recebeu este ilustre convite para o iate clube de Florianópolis. Excelente. Mas também não era tão bom assim. Para explicar a situação é preciso remontar às raízes da tua história, para, por fim, atingir o âmago deste tumor que o consome.
Cristiane era a verdadeira antagonista desta tua vida imunda. Mas, morava numa penthouse sofisticada num bairro nobre do seu coração, com vista para o pâncreas e tudo mais.
Você insistentemente a cortejava com propostas rentabilíssimas de programas verdadeiros, com o simples intuito de fazer alguns agrados e poder desfrutar o deleite de sua companhia. Mas, Cristiane nunca podia.
Cristiane não tinha amputado uma perna. Não. Não havia necessidade, nunca sofrera acidentes. Suas pernas passavam bem. Sim. Estavam em condições ótimas, muito obrigado. Mas, esse não é o ponto em que se quer chegar, aqui.
O ponto é que você queria usar drogas (drogas são uma metáfora, gente). Por isso você procurou ajudas múltiplas. Mas, não era bem isso o que estava faltando.
Você podia pegar o telefone e ligar para Cristiane pedindo desculpas por ter rejeitado o saboroso iate clube de Florianópolis. Mas, como se sentiria respeitado depois disso?
Agora eu lembrei porque tinha falado da perna da Cristiane, não quero que pensem que estou ficando esquizofrênico, não, não tem nenhuma vozinha me mandando escrever este texto. Mas... bom em um ponto você já desistiu de argumentar porque você nunca tem a razão, não é mesmo? Isso é o que pensam os gigantes (gigantes é uma metáfora esquizofrênica para amizades) e tudo mais!
SIM!!! Cristiane não tinha uma perna amputada, mas vestia uma carapuça vermelha! ESTE era o ponto em questão. Como um saci pererê, perambulava pelos bairros nobres deste teu patético músculo cardíaco. Entrando nos mais requintados restaurantes e degustando tudo pois tinha um cartão vip.
Mas também, não se importava de jogar lixo nas suas ruas. Não te respeitava tanto quanto acreditava respeitar. Pois, lá no fundo, Cristiane era uma mulher ocupada. Então ela podia atirar latas de cerveja de seu Aston Martin conversível enquanto dirigia pelas suas melhores avenidas.
Você gostaria de ligar, sim, para o celular de Cristiane e passar estas situações a limpo. Mas ela já teria respostas para tudo, você precisa ser mais compreensivo...
Além do mais, Reginaldo a defenderia. Reginaldo, que se apresentava mais simples e sem muita densidade psicológica era, no fundo, complexo e o que mais guardava surpresas, mesmo sem você saber.
Reginaldo também morava num bairro nobre - tinha seu lugar especial, pois merecia -, mas não andava pichando seus muros e degradando o transporte público. Mas às vezes fazia alguns comentários laminados.
Enfim, a represália foi necessária. No seu melhor julgamento! Mas ao invés de conversar com a raposa bacharel em direito, você continuaria queimando no mármore do inferno.
Nem tudo se resolve. Algumas coisas apenas passam. Mas a vida poderá continuar sendo perfeita.
Nos seus sonhos.
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